O Checkpoint Charlie foi o posto de controle mais famoso entre Berlim Oriental e Ocidental. Veja por que este local foi palco de “batalhas” durante a Guerra Fria e sua importância para a história contemporânea.

Localizado na rua Friedrichstrasse, esquina com a Zimmerstrasse, o Checkpoint Charlie fica bem no meio de Berlim, no bairro de Mitte. Se você está na dúvida se vale a pena conhecer a atração, saiba que o posto de fronteira guarda parte da história da cidade – e por que não, de todo o mundo Ocidental.

Criado para servir de passagem entre as duas “Berlins” durante a Guerra Fria, quando o muro ainda dividia a capital da Alemanha, o Checkpoint Charlie se tornou importante por ser o único acesso para membros do exército, do governo e de diplomatas do lado capitalista que quisessem atravessar a fronteira.

Ali também era a única passagem para turistas que desejassem visitar Berlim Oriental, saindo do setor americano.

Apesar de tamanha importância, o posto de controle não passava de uma casinha de madeira, que depois foi substituída por uma de aço, bem no meio da rua, sendo vigiada por tropas aliadas – Estados Unidos, França e Inglaterra.

Hoje em dia, uma réplica da primeira casinha de madeira atrai milhões de turistas do mundo inteiro. Nos arredores, há ao menos três exposições contando a história deste lugar que valem a pena para aprender mais sobre o que acontecia do lado americano e soviético.


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História do Checkpoint Charlie

O Checkpoint Charlie foi criado em agosto de 1961, ao mesmo tempo em que os soviéticos erguiam o Muro de Berlim, e era apenas um de vários postos de controle ao longo da fronteira da capital alemã.

Seu nome vem dos termos militares da OTAN e havia ainda um Checkpoint Alpha, Bravo e assim por diante. No entanto, somente os aliados o chamavam assim, pois os soviéticos diziam apenas “posto de controle da Friedrichstrasse”. 

Por ser uma das poucas lacunas em um labirinto de muros, arame farpado e “zonas da morte”, o Checkpoint Charlie atraiu diversos alemães do leste que, desesperados para escapar do controle soviético, realizaram manobras dignas de filme para cruzar a fronteira.

Entre elas, se esconder no porta-malas do carro, em caiaques e entrar em malas de viagem foram apenas algumas das estratégias que levaram alemães à Berlim Ocidental. Em outra fuga famosa, o fotógrafo Horst Beyer atravessou a fronteira do lado oriental ao fingir tirar fotos do Checkpoint Charlie.

Após estas tentativas bem-sucedidas de enganar os guardas comunistas, barreiras de metal foram instaladas e um posto de controle soviético muito maior foi construído a poucos metros do Checkpoint Charlie, dificultando ainda mais o acesso a Alemanha ocidental.

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homenagem com flores em frente ao checkpoint charlie
Checkpoint Charlie | Foto: Erge, via Pixabay

A crise de Berlim de 1961

No entanto, nem toda a história parece ter saído de um filme de espionagem. Foi ali que a Guerra Fria quase ficou “quente” quando, em 22 de outubro de 1961, o diplomata americano Allan Lightner tentou atravessar o Checkpoint Charlie para assistir à ópera em Berlim Oriental. 

Os guardas da fronteira exigiram ver seu passaporte, mas ele recusou, dizendo que apenas os oficiais soviéticos tinham autoridade para inspecionar seus documentos.

A situação saiu do controle e os americanos chamaram a cavalaria, e por 16 horas, quase 50 tanques soviéticos e aliados ficaram frente a frente, no único conflito armado de toda a Guerra Fria.

A situação só se acalmou quando o presidente norte-americano John F. Kennedy entrou em contato com o líder soviético Nikita Khrushchev e o convenceu a retirar seus tanques. Poucos minutos depois, os americanos também deixaram a cena.

Depois do incidente, o Checkpoint Charlie se tornou o ponto oficial para troca de prisioneiros entre aliados e soviéticos, geralmente pessoas acusadas de espionagem. 

Após a queda do muro em 9 de novembro de 1989, o Checkpoint Charlie permaneceu em operação por sete meses, quando foi removido durante uma cerimônia com a presença de dignitários franceses, britânicos, americanos, alemães e soviéticos. 

“Durante 29 anos, o Checkpoint Charlie encarnou a guerra fria”, disse o secretário de Estado dos EUA, James Baker, durante o processo. “Nos encontramos aqui hoje para desmontá-lo e enterrar o conflito que o criou”. 

O posto de controle original está até hoje em exposição no Museu dos Aliados em Berlim.

soldados norte americanos posando em frente ao checkpoint charlie
Checkpoint Charlie | Foto: Piet Van de Wiel, via Pixabay

Onde fica e como chegar no Checkpoint Charlie

O Checkpoint Charlie fica no meio da rua Friedrichstrasse, entre os números 43 e 45. 

Chegar até ele de metrô é bem fácil, basta pegar a linha U6 e descer na estação Kochstrasse/Checkpoint Charlie e caminhar por alguns metros. 

Outra opção é pegar a linha vermelha, chamada U2, e descer em Stadtmitte. Dali, são apenas 5 minutos de caminhada em direção sul pela própria Friedrichstrasse. 

Já de ônibus, pegue a linha M29 e desça na parada Charlottenstrasse, que você estará a 10 metros do Checkpoint Charlie.

Museus ao redor do Checkpoint Charlie

Há diversos museus nos arredores do Checkpoint Charlie, sendo a maioria relacionado ao tema Guerra Fria, Muro de Berlim ou sobre a vida em Berlim Oriental. Veja abaixo quais são eles:

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placa de indicação das ruas próximas ao checkpoint charlie
Foto: Marabuchi, via Flickr

Museu do Muro / Haus am Checkpoint Charlie

Ao mesmo tempo em que Berlim Oriental construía o Muro, o alemão Rainer Hildebrandt construía o Mauermuseum (Museu do Muro). Sua missão: catalogar planos de fuga do Leste para Oeste e apoiar estas tentativas de fuga.

Agora, o Mauermuseum é conhecido por sua extensa coleção de itens sobre 30 anos de história, como carros e balões de ar quente, que contam como as fugas bem-sucedidas aconteceram.

  • Horário de funcionamento: todos os dias do ano, das 9h às 22h
  • Entrada: € 14,50 para adultos e € 7,50 para crianças e adolescentes de 7 a 18 anos.
  • Endereço: Friedrichstr. 43 – 45
Haus am Checkpoint Charlie em Berlim
Haus am Checkpoint Charlie em Berlim | Foto oficial

DIE MAUER – The asisi Panorama of the divided Berlin

Como era um dia de outono em Berlim nos anos 80? O cilindro de aço criado por Yadegar Asisi mostra um panorama de 270°, 15 metros de altura e 60 metros de largura, para mostrar cenas cotidianas em ambos os lados do Muro naquele dia. A escala 1:1 dá uma impressão em tamanho real das cenas da cidade dividida.

O dia fictício de outono em Berlim é complementado por uma exposição de fotografias de coleções particulares de cerca de 50 testemunhas contemporâneas. Este panorama te faz voltar no tempo.

  • Horário de funcionamento: todos os dias do ano, das 11h às 18h
  • Entrada: € 10 para adultos e € 4 para crianças e adolescentes entre 6 e 16 anos.*
  • Endereço: Friedrichstr. 205
vista frontal do museu die mauer em berlim
Die Mauer | Foto oficial

BlackBox Cold War

Esta “caixa preta” de 200 m² conta a história do Checkpoint Charlie. Com o uso de fotos grandes e diversas formas de mídia, não só é ilustrado o impacto do Muro de Berlim na história da Alemanha, mas também toda a dimensão internacional da divisão da Alemanha e da Europa.

O design externo do pavilhão refere-se às duas grandes potências da época, a União Soviética e os EUA. A cor preta da fachada exterior representa a Black Box – o gravador de eventos para a posteridade. Do lado de fora, uma exposição ao ar livre mostra painéis com informações sobre o mesmo tema.

  • Horário de funcionamento: todos os dias do ano, das 11h às 18h
  • Endereço: Friedrichstr. 47
vista frontal do blackbox cold war em berlim
BlackBox Cold War | Foto oficial

Trabi Museum

Este carro era o Volkswagen da Alemanha Oriental: o Trabante, carinhosamente conhecido como Trabi. Entre 1958 e 1991, mais de três milhões desses automóveis foram fabricados em Zwickau, na Saxónia.

Depois que ele desapareceu das ruas na década de 1990, virou item de colecionadores. O Museu Trabi exibe cerca de 15 Trabants de diferentes gerações, além de filmes mostrando os engenheiros envolvidos na produção do Trabant e os fãs do carrinho colorido.

  • Horário de funcionamento: todos os dias do ano, das 10h às 18h
  • Entrada: € 5 para adultos. Crianças menores de 12 anos não pagam.
  • Endereço: Zimmerstr. 15
vista frontal do museu trabi próximo ao checkpoint charlie
Museu Trabi | Foto oficial

Berlim – Guia de viagem

A capital alemã é um dos principais destinos da Europa. Cidade rica em história, gastronomia e cultura com lindas paisagens e muitas atrações para todas as idades. Ao visitar Berlim vale a pena conhecer alguns dos principais pontos turísticos da cidade, como o East Side Gallery, o Memorial do Holocausto ou o Portão de Brandemburgo. Confira o que fazer em Berlim para montar seu roteiro de viagem.

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“Você está entrando no setor americano. É proibido carregar armas fora do horário de serviço. Obedeça as regras de tráfego.” | Foto: Oscar Fernando Melo, via Pixabay

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Dúvidas Frequentes

Como chegar ao Checkpoint Charlie?

Chegar até ele de metrô é bem fácil, basta pegar a linha U6 e descer na estação Kochstrasse/Checkpoint Charlie e caminhar por alguns metros.  Outra opção é pegar a linha vermelha, chamada U2… Continue lendo

Onde ficar em Berlim?

A região próxima ao Checkpoint Charlie conta com ótimos hotéis para se hospedar, como é o caso do Mondrian Suites Berlin am Checkpoint Charlie, do Wilde Aparthotels by Staycity, Berlin, Checkpoint Charlie ou ainda do 4 estrelas Mercure Hotel u0026 Residenz Berlin Checkpoint CharlieSaiba mais.

Por que se chama Checkpoint Charlie?

Seu nome vem dos termos militares da OTAN e havia ainda um Checkpoint Alpha, Bravo, Charlie e assim por diante. No entanto, somente os aliados o chamavam assim, pois os soviéticos diziam apenas “posto de controle da Friedrichstrasse”… continue lendo.