Considerado uma das sete maravilhas naturais do mundo, é impossível não incluir o Grand Canyon no roteiro. Porém, planejar essa viagem tem lá seus desafios. Aqui, um guia completo que vai te ajudar a curtir ao máximo sua viagem por lá.

Grand Canyon é um espetáculo por si só. Observar essa obra talhada pela natureza já é a maior recompensa para quem se dispõe a enfrentar longas horas de avião e estrada para chegar lá. O desfiladeiro é resultado de um processo natural que acontece há milhões de anos. Ele só é possível porque, em suas entranhas, passa o Rio Colorado, o responsável pelas erosões que modelaram e esculpiram as rochas.

A oportunidade de se conectar com essa enorme escultura de rochas é um presente para os amantes da natureza e de esportes de aventura. E para quem gosta de se aprofundar nas origens, o parque é uma verdadeira aula de geologia, antropologia e arqueologia (a lista pode ser bem maior).

Grand Canyon
Bem Vindo ao Grand Canyon | Dicas de Viagem – Grand Canyon National Park: O Guia Completo do parque mais famoso dos EUA

Onde Fica

Sua área está contida no chamado Parque Nacional do Grand Canyon, localizado no noroeste do estado do Arizona nos EUA, próximo às fronteiras de Utah e Nevada. A distância de Vegas até o Grand Canyon é de 195 Km.

É possível fazer um bate e volta de Las Vegas para o Grand Canyon. Existem várias empresas que fazem esse excursões com essa proposta.

Como Chegar

De carro:

Essa é a opção que mais vai facilitar a viagem. Se o seu roteiro começa em Las Vegas, como o meu, você pode alugar um carro e dirigir 4 horas até lá. Eu aluguei um Mustang pela RentCars. Foi com ele que percorri as típicas estradas americanas e passei por diferentes parques, como o Zion National Park, o Bryce Canyon e o Valley of Fire.

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De trem:

Existem duas companhias que podem ser utilizadas pelos turistas para chegar de trem ao Grand Canyon. A mais indicada é a Grand Canyon Railway – veja mais informações aqui. O trem parte às 9h30 de Williams, que fica localizada cerca de 100 Km do parque. O tempo de viagem é de aproximadamente duas horas e quinze minutos.

Na volta, o trem sai do Grand Canyon às 15h30 e chega à cidade de origem – Williams às 17h45. Não acredito que seja uma viagem que valha a pena, pois o tempo de viagem é longo e o tempo em que você vai permanecer no parque é curto.

De avião:

O aeroporto mais próximo ao Parque Nacional do Grand Canyon é o de Flagstaff. Porém, o melhor é ir de avião até Las Vegas, e de lá alugar um carro e curtir a estrada por 4 horas até o parque.

>> Leia nosso post sobre Aluguel de Carro em Las Vegas.

De ônibus:

É possível ir de ônibus ao Grand Canyon a partir de Flagstaff ou Williams. Você pode encontrar informações dos preços e horários no site da Greyhound e procure por passagens a partir do seu lugar de origem com destino a Flagstaff ou Williams e então, nessas cidades existem transportes que o levam para o Grand Canyon.

Uma outra opção é ir de carro para Tusayan e pegar o ônibus de lá, assim você pode contribuir com a diminuição de veículos, o que ajuda na  preservação do parque. Os parques possuem transporte próprio – os shuttles – que também operam na cidade, entre os meses de março a setembro. O ponto em que você deve descer é no Visitor Center. Veja mais informações sobre o shuttle aqui.

O que Levar

Na hora de organizar a mochila para levar ao Grand Canyon, leve em consideração as condições do tempo e a temperatura, pra não passar nem frio nem calor. Naquela região, a temperatura pode mudar de forma drástica do dia para a noite.

Durante os passeios, os itens essenciais são água e protetor solar. Não dá pra ficar sem, principalmente para quem pretende fazer as trilhas. Ao longo do dia, além das refeições básicas, também vale a pena levar algumas frutas ou barrinhas energéticas. Hidrate-se a todo momento.

Como Visitar

Horário de Funcionamento do Grand Canyon:

O Grand Canyon tem duas entradas principais, a South Rim (Borda Sul) e a North Rim (Borda Norte).  A borda sul, que inclui o Grand Canyon Village e o Desert View, é a mais acessível e a mais visitada pelos turistas. Essa entrada permanece aberta 24 horas por dia, durante todo o ano, mas de acordo com a estação, no inverno por exemplo, algumas facilidades podem ficar indisponíveis.

Já a borda norte, onde está boa parte dos campings e alojamentos, permanece aberto do meio de maio à metade do mês de outubro. Antes de planejar, vale dar uma boa olhada no site oficial aqui.

Grand Canyon
Entrada do Grand Canyon pela South Rim é a mais acessível e a mais visitada pelos turistas | Dicas de Viagem – Grand Canyon EUA: O Guia Completo do parque mais famoso do país

Estacionamento e transporte no Grand Canyon

Próximo ao Visitor Center existe um estacionamento gratuito que você pode deixar seu carro lá. Você Lá você pode se informar sobre o uso do sistema de transporte gratuito que opera no parque o shuttleveja mais informações sobre o shuttle aqui.

Em alguns locais não é permitida a entrada de carros. Por isso o shuttle é a melhor opção para se locomover e chegar aos principais pontos do Grand Canyon – mirantes com vista para o Grand Canyon e o Rio Colorado e as trilhas. Mas se optar por fazer alguns trechos de carro, vale dizer que é possível estacionar bem próximo aos mirantes.

Grand Canyon

Quanto Custa e Onde Comprar os Ingressos

O valor do ingresso varia de acordo com a forma como você chega ao Grand Canyon. Se chegar com de carro, incluindo todos os passageiros, o valor é de U$ 35 e individual – a pé ou ciclista o valor é de U$ 20 por pessoa.

Todos os tíquetes são válidos por 7 dias consecutivos e podem ser adquiridos pelo site oficial ou diretamente nas portarias de entrada do Grand Canyon. Um dica, na entrada da North Rim é aceito somente dinheiro, as outras entrada aceitam também cartão de crédito.

Caso você planeje visitar o Grand Canyon mais vezes ao longo de um ano, vale comprar o passe anual para o Grand Canyon que custa U$ 70. Agora se a ideia é visitar outros parques americanos, vale muito mais a pena comprar o passe anual saiba mais aqui

Antes de começar a desbravar o Grand Canyon a primeira coisa que recomendo fazer ao chegar – como em qualquer outro parque – é ir direto ao Visitor Center. Ali, você pega mapas, orientações de todas as atividades possíveis, condições climáticas etc.

Agora vamos as dicas de o que fazer no Grand Canyon:

Trilha de South Kaibab

A primeira trilha que fiz foi a South Kaibab Trail, localizada próxima à entrada da South Rim do Grand Canyon. Essa trilha é a mais popular e mais procurada pelos turistas, e onde estão as principais atividades.

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Informações da Trilha Souht Kaibab no Visitor Center – tudo detalhado: duração da trilha, quantidade de água e comida levar. Bem legal!

A trilha é extensa, mas somente se você quiser ir até o final, vai gastar de 4 a 6 horas de caminhada moderada. Eu fui um pouco mais da metade – passei pela Ooh Aah Point e Cedar Ridge – e levei 2 horas.  Até onde fui não achei o percurso pesado, ao contrário, as duas horas a que me dediquei à trilha foram bem tranquilas. Isso porque fui curtindo a vista e fazendo pausas na caminhada para tirar fotos, principalmente na subida. É uma trilha que eu recomendo, principalmente pela vista, que é belíssima.

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Vista do início da trilha South Kaibab | Dicas de Viagem
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Ooh Aah Point – uma das paradas do South Kaibab | Dicas de Viagem

Desert View Drive

Na volta, peguei o carro e fui para a Desert View Drive, uma estrada de 35 Km que dá acesso ao Grand Canyon e que tem vários mirantes e pontos de parada. A primeira parada foi no Watchtower. Lá existe uma torre que vale a pena conhecer, um lugar cheio de história e com uma vista linda, e também não paga nada para subir.

Segui para Navajo Point – que lugar lindo! Aquele ponto já anunciava o espetáculo que estava por vir ao avançar na estrada. O ponto seguinte foi o Lipan Point, um lugar que, para mim, proporcionou a melhor vista de todas que pude ver ao longo da viagem. Sem palavras para descrever! Para quem quer ver um pôr do sol espetacular, recomendo que vá ao Lipan Point. Também passei pelo Moran Point e pelo Grandview Point, que também é porta de entrada para uma trilha de mesmo nome.

Por falar em sol, vale dizer que os locais mais indicados para assistir ao nascer do sol são: o Yavapai Point e Hopi Point. Já os mais indicados para o pôr do sol são: Navajo Point, Mather Point e o Pima Point.

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Desert View Watchtower | Dicas de Viagem
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Lipan Point – a melhor vista do Grand Canyon | Dicas de Viagem

Red Route no Grand Canyon West

No dia seguinte, fui conhecer a borda Oeste do Parque (Grand Canyon West). Para isso utilizei o shuttle da “linha vermelha” – a Red Route em inglês.

Para quem esta vindo do Visitor Center é necessário pegar o shuttle da Linha Azul até a parada “Hermits Rest Village Transfer”, depois é só caminhar alguns metros até a parada “Village Route Transfer” – esse é o ponto de partida para os mirantes da Linha Vermelha.

Existem 9 paradas na Red Rout, sendo que o “Hermits Rest” é o ponto mais a oeste possível de chegar de shuttle. Na ida o shuttle para em todos os 9 pontos, porém na volta somente em três –  Pima Point, Mohave Point e Powell Point

Grand Canyon
Mapa dos 9 Pontos da Red Rout | Dicas de Viagem

Meu roteiro na Red Route

Destaquei alguns pontos de parada que achei mais interessante. O primeiro é o Trailview Overlook e logo após Maricopa Point. São dois pontos imperdíveis, mas ficam separados por uma certa distância, por isso recomendo que façam de shuttle. Do Maricopa segui a pé até o Powell Point, um lugar bem interessante por questões históricas. Ali, tem um memorial em homenagem ao explorador John Wesley Powell, o primeiro a organizar uma expedição pelo rio Colorado.

Do Powell Point segui para o Hopi Point, que também é bem pertinho. Aproveite esse ponto para ir ao banheiro, desde o início da rota, não havia encontrado nenhum. O Hopi Point é um lugar lindíssimo e está na lista dos lugares indicados para ver o pôr do sol. #Dica: não esqueça de levar água porque é difícil encontrar pontos de abastecimento pelo caminho.

Já no Mohave Point, o principal destaque é que de lá dá pra ter uma visão legal, porém um pouco distante, do Rio Colorado. É um ponto essencial para quem quer contemplar essa vista combinada com o Grand Canyon. Parada super recomendada!

A penúltima parada, o Pima Point, como já falei acima, é um dos lugares indicados para assistir o pôr do sol. Vale a pena esperar!

Uma dica bem legal é fazer a Red Rout de bicicleta, tem muito ciclista por ali. Em algumas trilhas não é permitida a entrada de bike, mas isso é fácil de resolver, basta deixar estacionada na entrada e seguir a pé.

Grand Canyon
Pima Point – é um dos lugares indicados para assistir o pôr do sol | Dicas de Viagem

Voo de Helicóptero no Grand Canyon

Essa foi uma das experiências mais incríveis que eu tive em toda a minha viagem. Ver a região do Grand Canyon do alto, sobrevoar o Deserto de Mojave, a Represa Hoover Dam, o Rio Colorado e a Strip – a principal avenida de Las Vegas – foram momentos de êxtase.

Grand Canyon
Voo de helicóptero no Grand Canyon – Foto: Bruno Tavares | Dicas de Viagem
Grand Canyon
Vista do Rio Colorado depois do pouso do helicóptero | Dicas de Viagem

Incluir a Lendária Rota 66 no seu Roteiro

Na volta ou ida para Las Vegas, se você estiver de carro, vale muito a pena incluir no seu roteiro a Rota 66. Saí de Tusayan por volta das 5h30 da manhã e fui para Williams, uma cidade histórica, com ruas e bares de estilo antigo, por onde é possível pegar a estrada.

Só é preciso tomar um certo cuidado porque o GPS vai insistir em direcionar você para a Rota 40, já que ele entende que esse é o percurso mais rápido para chegar a Vegas. A é viagem é um charme, o caminho é cheio de cidadezinhas com clima retrô e carros antigos, cenário que dá um tom bem especial à viagem.

A estrada termina em Kingman, o coração da Rota 66, ainda no estado do Arizona. A partir dai o caminho mais rápido é a rota US 93 para seguir até Las Vegas.

Conhecendo os Arredores do Grand Canyon

A área em que o Grand Canyon está localizado abriga atrações riquíssimas que vão além dos limites do parque. Se vai ficar um bom tempo pela região vale incluir no seu roteiro, uma visita ao Kaibab National Forest (Floresta Nacional de Kaibab), que faz fronteira com as bordas norte e sul do Grand Canyon. Onde também é possível fazer trilhas, andar de bicicleta e acampar.

Vale acrescentar, ainda, uma parada para conhecer a Havasupai Indian Reservation, uma das reservas indígenas mais antigas dos Estados Unidos. O lugar é lindo, e você pode contemplar a natureza por meio de trilhas, passeios de mulas e banhos de cachoeira. É possível acampar por ali ou ficar hospedado em alojamentos.

Foto: Jon Roig via Flickr

Quantos Dias Ficar

A minha dica é reservar pelo menos dois dias inteiros dentro do parque. Vale também ficar hospedado nas proximidades para que seja possível descansar antes e depois da visita.

Eu havia separado três dias para explorar o parque, mas fui pego de surpresa por um tempo chuvoso e acabei “perdendo um dia”. O que me obrigou a enxugar meu roteiro para dois dias.

Fiquei bem satisfeito com o que pude conhecer por lá nesse tempo. Por isso, acredito que, com dois dias, você tem tempo suficiente para planejar um roteiro que contemple desde o nascer até o pôr do sol – super recomendo ver os dois!

Nesses dois dias você conseguirá contemplar a paisagem incrível do Grand Canyon de diferentes pontos de vista. Além disso, vai ter tempo de fazer duas ou três trilhas. Ainda sobra tempo para almoçar no parque e ter momentos de pausa, com contemplação e meditação na natureza.

Melhor Época para Visitar

Se a  proposta é explorar o Parque Nacional do Grand Canyon em ritmo de aventura, planeje a sua viagem para qualquer um dos meses entre maio e outubro. Durante esse período as chances de aproveitar as atrações de forma integral são muito maiores.

Mas, atenção, os meses em que o parque fica mais cheio e mais quente são os de julho e agosto. Isso tudo em pleno verão e época de férias. Como o calor nesse período é intenso, há chances de tempestades. O próprio parque alerta para perigos de raio e relâmpago. É aconselhado que em dias de chuva você se mantenha afastado das bordas do cânion.

Se você deseja conhecer o Grand Canyon no inverno, é importante saber que existem contratempos. Entre novembro e janeiro – o mês mais frio – algumas estradas podem ficar bloqueadas por causa da neve. Além disso, nem todas as instalações do parque ficam abertas. Mas não será uma viagem perdida, já que a paisagem fica belíssima com Grand Canyon com aquela cobertura de neve.

A principal vantagem de ir nessa época do ano é que tem uma quantidade bem menor de visitante e os preços dos hotéis podem baixar. E pra não perder a viagem, de jeito nenhum, fique de olho na página oficial do Grand Canyon, que está sempre informando as condições da estrada e dando notícias sobre o tempo.

Onde Ficar

Para visitar o Grand Canyon, fiquei hospedado em Tusayan. A cidade é bem perto da borda sul do parque e do Grand Canyon Village. Muito fácil de chegar.

Veja as melhores opções de hospedagem em Tusayan e região

Eu fiquei hospedado no Holiday Inn Express Grand Canyon

Grand Canyon
Hotel Holiday Inn Express Grand Canyon – parada no shuttle bem em frente

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