O Myanmar e o turismo tem uma relação relativamente nova. Devido à sua situação política, o país recebeu seu primeiro milhão de turistas apenas em 2012. Enquanto isso, no mesmo período, o Laos, seu vizinho, teve um fluxo três vezes maior e a Tailândia já passava de vinte milhões de visitantes.
Os principais destinos no Myanmar, também conhecido como Birmânia, são as cidades de Bagan, Mandalay e Yangon. As torres de pagodas por toda parte, o povo ainda muito curioso com turistas e a rotina simples de lugares pouco explorados fazem a viagem por essas cidades uma experiência inesquecível. Como eu tinha tempo para ver um pouco mais, resolvi então ir até a nova capital do Myanmar, fazer turismo na curiosa Naypyitaw.
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A nova capital do Myanmar: turismo em uma cidade cheia de mistérios
Capital do país desde 2005, Naypyidaw (ou Naypyitaw) começou a ser construída em 2002 em uma área onde antes não havia nada. Construir uma cidade do zero não é novidade, nós sabemos bem disso. Se você não achar o lugar estranho, pelo menos a maneira como a ocupação começou é curiosa. Vou te contar.
Os ministérios do país começaram a ser transferidos da antiga capital, Yangon, no dia 6 de novembro de 2005, exatamente às 6:37. Cinco dias depois, em 11 de novembro, mais um comboio saiu às onze da manhã com 1.100 caminhões transportando onze batalhões do exército e onze ministérios. Alguém definitivamente curte números nesse governo, especialmente o onze.
A cidade ainda não tinha escolas e outros serviços básicos, então as famílias em geral ficaram em Yangon. Turistas não eram permitidos na nova capital e vendedores só podiam se estabelecer em uma área específica da cidade.
O que você precisa saber antes de visitar Naypyidaw
Não vi muito de Naypyidaw na chegada, o ônibus parou na entrada do hotel. A estrada logo em frente era impecável – talvez porque não passem carros lá – e tudo em volta parecia parado. Como tudo foi planejado existe uma área só para hotéis na cidade, e quando eu digo uma área só para hotéis eu quero dizer literalmente isso: não existe nada além de hotéis nesta região. Se você quiser ir a um supermercado ou restaurante tem que pegar um táxi.
Transporte público não é uma opção, então você pode pagar um táxi ou alugar uma scooter por um valor muito mais alto do que em qualquer outro lugar de Myanmar. Eu estava viajando com uma sueca que conheci em Yangon, então decidimos dividir um táxi para conhecer a cidade. O preço foi 50 reais por pessoa para 5 horas, o que não é nada mal comparando com o Brasil mas, em geral, caro para o sudeste asiático.
Passar de carro pelas ruas já é uma experiência estranha. Não vi nenhuma com menos de quatro pistas e um asfalto que não fosse impecável. Apesar de abril ser um mês muito seco e de a paisagem por todo o país estar amarelada, em Naypyidaw tudo é verde e cheio de flores. Os funcionários que cuidam dos jardins e da limpeza são as únicas pessoas que você vai ver nas ruas. Os demais estão dentro dos poucos carros e motos que se deslocam por lá.
Fiquei impressionado como com tanto espaço e poucos carros. Mesmo assim, nosso taxista ainda conseguia achar momentos para buzinar para outros motoristas. Deve ser pra espantar o tédio, porque se cada um deles escolhesse uma pista teria espaço para todo mundo.
O que visitar na capital do Myanmar
Nossa primeira parada foi o parlamento, uma construção suntuosa que conta com uma enorme ponte para entrar e outra do mesmo tamanho para sair. Turistas só podem observar de longe. Como quase ninguém vai para a capital do Myanmar a turismo os policiais que fazem a segurança do parlamento ficaram curiosos e vieram perguntar de onde éramos. Aí teve aquela conversinha “Brasil”, “Neymar etc. Mas nada de liberar a entrada.
Talvez essa área do parlamento seja a melhor representação da cidade. O prédio absurdamente luxuoso de um lado, cercado de terras vazias. A entrada e a saída praticamente sem movimento e em frente um estrada com onze faixas que a cada minuto vê, no máximo, um par de carros.
O segundo destino foi a pagoda Uppatasanti. Esta a construção é uma réplica da pagoda de 99 metros de Yangon, uma espécie de backup. Na verdade “Uppatasanti“, significa algo como “proteção em caso de calamidade“, de repente é mesmo uma cópia de segurança. Talvez houvesse mais umas 15 pessoas visitando o lugar, mas definitivamente éramos os únicos estrangeiros no momento.
Do lado de fora você pode ver alguns elefantes brancos (algo que eu nem sabia que existia de verdade). Como você pode imaginar, em um lugar como esse, eles não estavam felizes andando pelos campos.
Outra atração comum é o jardim com fontes, que fica no meio da cidade. Porém, soubemos que alguém foi até lá e não tinha água nas fontes (!!!), então pulamos essa parte. Além de almoçar, não havia muitas outras opções. Como nosso trem sairia no meio da tarde isso não foi problema.
Observar a cidade de dentro do carro também foi interessante. Como falei antes, tudo foi planejado. A zona dos hotéis só tem hotéis, existe uma zona para embaixadas onde cada país tem dois hectares reservados (só Bangladesh se interessou até agora).
A zona residencial é cuidadosamente organizada de acordo com o status dos moradores. Além disso os telhados são classificados por cor: telhado azul para quem trabalha no ministério da saúde, verde para quem trabalha na agricultura, etc. Para os Big Shots mansões estão disponíveis. O clima na cidade me lembrou muito a Coreia do Norte com aquela vibe esquisita.
O que você vê simplesmente não faz sentido, Naypyidaw tem uma área quatro vezes maior que a cidade de Nova York e (teoricamente) quase um milhão de habitantes, mas parece uma cidade fantasma assustadoramente bem conservada. Não se vê gente nas calçadas, os carros na rua são escassos e vários prédios estão vazios.
Quer saber se vale a pena visitar? Se você gosta de The Walking Dead e quer se sentir na série vá para lá, mas leve seu próprio zumbi, porque nem isso você encontra pelas ruas dessa estranha capital.
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dezembro 23, 2016
Caramba, isso é muito parecido com Brasília!
março 2, 2017
Nossa! Muito diferente essa capital! Rodrigo o que é preciso pra sair assim viajando pelo mundo?
março 4, 2017
Primeiro vontade, Rafaela. Viajar sozinho demanda mais tempo para planejamento se você quiser saber exatamente onde quer ir. Em lugares mais organizados você encontra informações com facilidade, mas onde o turismo não é tão desenvolvido e o inglês não é um idioma falado por muitos, pode ficar complicado entender o que está acontecendo e como chegar onde você quer. Então se você tem o perfil, todo o resto se resolve 🙂
setembro 23, 2017
Tive que comentar. Sou fanático por logística e geografia, e esse lugar, assim como Hambantota, no Sri Lanka, Djibloho, em Guiné-Equatorial e Kangbashi na China, me chamaram a atenção, e MUITO. Caramba, essas obras gigantescas me chama muito a atenção, gosto demais desse tipo de coisa, parece que estou tendo um orgasmo lendo relatos de lugares assim.
Grato por viver e ter conhecimento desses locais. Se eu tivesse dinheiro, trocaria uma viagem para o Havaí e iria para esses lugares explorar. Não sou nenhum fã de apocalipse, zumbis e coisas do tipo. O que me fascina é a geografia da coisa.
outubro 2, 2017
Que legal, Matheus! Realmente alguns lugares são únicos, seja pela beleza ou pela “estranheza”. Espero que em breve você possa visitar todos. 🙂
fevereiro 27, 2018
Acabei de voltar de Naypyidaw, foi o lugar mais estranho e vago que estive, a piscina do meu hotel foi o meu maior consolo.
Amei tudo no Mianmar, as pessoas, comida, templos, pagodas, mas jamais voltaria à capital e não recomendo ninguém a ir, a não ser que você realmente queira pagar muito caro para viver uma “The Walking Dead” sem graça 🙂
dezembro 11, 2019
Rodrigo!!!!
Quero ter essa coragem, largar tudo e ir viajar…
Parabens… viajar nos renova
dezembro 11, 2019
Bora tomar coragem Mariane!
Obrigada por curtir nosso post 🙂
Depois conta pra gente suas experiências de viagem, a gente adora!
Bjs
Ju
abril 28, 2023
Olá Rodrigo
Como está a situação em termos de segurança no pais?
Obrigada