Considerado como o novo destino do surf no mundo, o país também oferece muito mais além das suas praias desertas. Confira o que fazer no Sri Lanka!

O interior dessa ilha no mar Índico é rico em cultura, templos, atividades ao ar livre e chá. Muitos e muitos chás. Eu fui pra lá conferir e preparei um roteiro de 10 dias infalível para você aproveitar o que esse país tem de melhor.


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Confira o que fazer no Sri Lanka:

DIA 1: Chegada pelo aeroporto Bandaranayake

Pernoite em Colombo ou Negombo.

O principal aeroporto do país é o Bandaranayake, localizado a 33km ao norte de Colombo, a capital do Sri Lanka, e é por ele que você provavelmente vai chegar. A decisão de onde você vai passar a sua primeira noite basicamente deve depender do seu próximo destino.

Se você chegar depois do anoitecer no aeroporto ou não quiser continuar viagem no mesmo dia, você tem duas opções: Colombo ou Negombo. Se o seu plano for seguir a sequência desse roteiro, vá para Colombo, onde você terá que passar de qualquer forma (de trem ou ônibus) para seguir em direção ao sul. Se você optar em fazer o caminho inverso do roteiro, vá para Negombo, onde é possível arrumar conexões de ônibus para o leste do país.

Sim, é verdade, a capital do Sri Lanka não merece muito a sua atenção e, por isso, a maioria dos viajantes optam por ficar a primeira noite em Negombo, a cidade litorânea que fica somente a 5km do aeroporto. Minha recomendação, porém é que se você estiver com o tempo apertado e chegar em Bandaranayake ainda pela manhã – e ainda tiver pique para enfrentar uma viagem de trem – não vá nem para um e nem para o outro, e sim, vá direto para o seu próximo destino, Galle.

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Os elefantes do orfanato de Pinnawala, ao leste de Colombo.

Dia 2: Ida de trem para Galle

Pernoite em Galle.

Embarque ainda pela manhã para Galle, uma cidade no litoral sul do Sri Lanka, e porta de entrada para varias praias paradisíacas e cheias de ondas localizadas ao norte e leste. Galle pode servir como base para aqueles que querem aproveitar as praias dessa região, mas lembre-se que aqui, a principal atração ainda é a fortaleza, e se você está procurando pela experiência de acordar e logo colocar o pé na areia pelos próximos dias, escolha ficar em Hikkaduwa ou Bentota, ao norte (entre Galle e Colombo) ou em Unawatuna, a próxima parada ao leste de Galle.

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Praia de Unawatuna, a mais próxima de Galle e também um dos destinos do surf no Sri Lanka

A viagem de trem de Colombo para Galle, por sí só, já é uma atração e é considerado o segundo trecho de trem mais cênico do país, logo após o famoso trecho entre Ella e Kandy, no interior do Sri Lanka. Por isso, recomendo que tente fazer esse trajeto de trem (ao invés de ônibus) e pela manhã. Não se esqueça de se sentar no lado direito do trem, assim você garante que vai aproveitar a vista das dezenas de praias da costa oeste.

Galle é ideal para almoçar e passar o final da tarde perambulando nas ruelas da fortaleza fundada pelos portugueses no século XVI. Outro passeio sugerido é subir na própria muralha e rodear a cidade antiga inteira apreciando a vista das casas coloniais de um lado, e o mar, do outro. Tire fotos em frente ao farol e pare no Flag Rock para o pôr do sol, onde jovens estarão ousando pulos e saltos quase ornamentais ao mar, logo abaixo.

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A muralha da fortaleza de Galle, rodeada pelo mar.
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O farol de Galle, provavelmente a construção mais fotografada da cidade.

Dia 3: Ida de ônibus para Mirissa

Pernoite em Mirissa.

Mirissa não só tem ótimos restaurantes, vida noturna mais agitada e boas opções de acomodação, mas também é estrategicamente localizada no meio das melhores praias do litoral sul e uma ótima praia para estender a canga na areia e aproveitar o mar.

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Praia de Mirissa, com uma localização central para explorar as praias do sul do Sri Lanka.
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A praia de Mirissa é uma das mais estruturadas da região, com opções de restaurantes e acomodações para todos os gostos.

É também de Mirissa que saem os passeios de barco a procura de um dos maiores grupos de baleias azuis do mundo, que reside durante o ano todo pelas águas próximas do litoral. Apesar desse passeio ser considerado como imperdível por muitos, não posso recomendá-lo. Além de ser muito caro (por volta de 50-60USD) quando comparado aos outros passeios pelo país, dependendo do quão agitado o mar está, um dia que deveria ser inesquecível e prazeroso, pode se tornar inesquecível e horrível.

Há centenas de histórias de verdadeiro horror em alto mar de pessoas que tiveram péssimas experiências. Dependendo de quanto tempo demorar para achar as baleias, o passeio pode demorar até 8horas, entre pessoas passando mal durante todo o trajeto.

Muitos relatam que o índice de pessoas que passam mal chega a ser de até 50%! Além disso, são dezenas de barcos com centenas de turistas em um dia perseguindo barbatanas em zigue zague. Não dá para recomendar não é mesmo? Se você tiver a oportunidade de fazer outro passeio de observação de baleias em algum outro lugar em que o cenário seja diferente, prefira essa segunda opção.

Dia 4: Explorar as praias entre Galle e Mirissa de scooter

As praias entre Galle e Mirissa são onde a farra do sul acontece, principalmente quando nos referimos ao mar. Com praias ainda cheias de coqueiros e ondas para chamar só de suas, esse cantinho do país virou o verdadeiro paraíso do surf mundial.

Há ondas para todos os níveis de dificuldade. Há até a possibilidade de aprender a surfar por aqui, nas ondas de Weligama! Também são nessas praias, principalmente em Dalawella e Koggala, que você pode avistar os famosos pescadores do Sri Lanka, que se equilibram sentados no topo de um fino tronco, no meio do mar, para pescar. Eles ficam em grupos de dezenas por vários pontos das praias, e não hesitarão em descer do tronco em segundos para te pedir uma gorjeta assim que você mirar uma câmera fotográfica na direção deles.

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Os famosos pescadores do sul do Sri Lanka, em Koggala.

A melhor maneira de visitar as praias dessa região é, sem dúvidas, alugando uma moto. Somente assim você terá tempo e flexibilidade suficientes para aproveitar cada cantinho desse paraíso inexplorado. Para usar a moto durante 24 horas você pagará menos que 6 dólares/aluguel (800 rupies), e mais 2 dólares para a gasolina. Sugiro parada em Thalpe para quem quer isolamento e tranquilidade, paradas em Dalawella, Koggala e Anhangama para fotografar os pescadores, e paradas em Unawatuna, Midigama e Weligama para surf.

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Praia de Weligama, um dos top destinos do surf no Sri Lanka.
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O litoral sul do Sri Lanka.
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Região de Anhangama e Koggala, onde os pescadores se concentram.
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Praia de Dalawella
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Praia de Thalpe

Dia 5: Explorar as praias entre Mirissa e Tangalle de scooter

Pernoite em Tangalle.

É capaz que nesse dia você mal veja alguém cruzando o seu caminho pelas areias. As praias aqui não maravilhosas, mas desertas que só. A razão disso é que as ondas por aqui são agitadas e quebram muito próximas da praia, o que faz com que não sejam próprias para surfar e nem ideais para um mergulho com tranquilidade. Poucos acabam vindo para esses lados, mas acredite que você verá poucas praias tão bonitas quanto essas no país inteiro.

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Praia de Talalla, completamente deserta.
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Praia de Dikwella.
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Praia de Tangalle.
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O farol de Dondra, no ponto mais ao sul do Sri Lanka.
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O pôr do sol em Matara.

As praias de Talalla, Dikwella e Tangalle são as minhas recomendações de paradas para o dia. Dondra faz valer a pena o pequeno d-tour da estrada principal para visitar o farol que também marca o ponto mais ao sul do país. Mais adiante, depois de Tangalle, se ainda tiver tempo, não deixe de visitar Marakolliya, com ondas tão fortes que invadem boa parte da praia de tombo, e Rekawa, que possui um instituto próprio para observar as tartarugas marinhas que utilizam a praia para botar seus ovos.

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A praia de Marakolliya, onde também não se aconselha nadar devido ao mar mais bravo correntezas da região.
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A praia de Marakolliya, onde também não se aconselha nadar devido ao mar mais bravo correntezas da região.
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A praia de Marakolliya, onde também não se aconselha nadar devido ao mar mais bravo correntezas da região.

Dia 6: Viagem para Ella com parada no parque Nacional de Uda Walawe

Se o seu orçamento não estiver tão apertado, essa é a hora de investir em um serviço mais premium e contrate um motorista e carro para fazer o trajeto diretamente de Tangalle para Ella com parada em Uda Walawe.

Se você estiver por lá durante a alta temporada, também não deve ser difícil encontrar outros viajantes para dividir essa despesa. De transporte público é capaz que você tenha que voltar até Matara para pegar o próximo ônibus em direção a Ella, viagem que demora mais de 7 horas. Sem o transporte particular também ficaria ainda mais difícil a parada, carregando as malas, para ver os elefantes do Parque Nacional de Uda Walawe, no meio do caminho, e depois seguir viagem também de transporte público.

O Parque Nacional de Uda Walawe é o melhor lugar para entrar em contato com os elefantes selvagens do Sri Lanka, e os melhores horários para avistá-los em maior número é das 6:30 até 10:00 ou entre 16:00 e 18:30.

Dia 7: Explorar Ella

Aproveite o dia para explorar o que Ella tem de melhor: as suas montanhas e vales entre as plantações de chás.

Comece o dia caminhando 30 minutos pela Estrada Passara na direção leste de Ella e acesse a trilha (bem sinalizada) que o levará eventualmente para o rústico e símples Café Asanka, com sucos naturais ótimos e com a melhor vista para a Nine Arches Bridge, a ponte mais fotogênica do país.

Programe a sua visita para estar lá quando o trem for passar por cima da ponte, o que ocorre todos os dias às 9:20, 10:55, 11:55, 13:30, 15:30, 17:30. Depois que o trem passa você pode livremente descer até a ponte e tirar fotos do cenário dramático e explorar os tuneis e trilhos. Nas proximidades.

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A ponte dos nove arcos, em Ella
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A ponte dos nove arcos, em Ella
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Para ficar ainda mais próximo das plantações de chá, siga para Ella’s Rock ou Little Adams Peak, as duas montanhas que você pode subir ainda nesse mesmo dia e que prometem vistas inesquecíveis.

Dia 8: Ir de trem de Ella para Kandy

O Sri Lanka possui um trajeto de trem, entre Ella e Kandy, que é considerado um dos mais bonitos do mundo. No trem expresso, são 7 horas entre centenas de quilômetros de plantações de chás pelas montanhas que rodeiam as vilas no interior do Sri Lanka. O trecho mais bonito, na minha opinião, contrária a opinião de muitos guias turísticos, é entre Nuwara Eliya e Hatton, e não entre Ella e Nuwara Eliya. Esse será um dos pontos altos da sua viagem, portanto, reserve com uma antecedência mínima de dez dias o seu assento na janela no “vagão de observação” ou na segunda classe.

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A vista típica de um dos trajetos de trens mais bonitos do mundo, entre Ella e Kandy, no Sri Lanka.
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A vista típica de um dos trajetos de trens mais bonitos do mundo, entre Ella e Kandy, no Sri Lanka.

No Sri Lanka, as portas e janelas dos trens ficam abertas durante todo o trajeto (com exceção da primeira classe, que tem ar condicionado). Há quem diga que o melhor lugar para apreciar a vista durante a viagem seja na própria porta do trem, e por isso, esse é um lugar disputadíssimo entre os viajantes, que não querem deixar de ter a foto clássica pendurados para fora do trem. Tome cuidado para não cair enquanto o trem se mexe e breca bruscamente, pois não há, nessas circunstancias, meios que garantam a segurança dos passageiros.

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No Sri Lanka, as portas e janelas dos trens ficam abertas. Sente-se na porta para ter a real experiência de viajar de trem pelo país.
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No Sri Lanka, as portas e janelas dos trens ficam abertas. Sente-se na porta para ter a real experiência de viajar de trem pelo país.

Se você não conseguir garantir o seu lugar reservado para a viagem, há grandes chances de que você tenha que fazer o trajeto quase inteiro de pé, por isso, recomendo que antes de embarcar nessa, tente reservar o trem mais lento que sai de Ella próximo do meio dia. Esse trem demora 11 horas para chegar em Kandy, e por isso é pouco utilizado pelos turistas e locais, mas a parte do trajeto que será feito durante a noite é a menos interessante, portanto, sem dúvidas, prefira embarcar nesse trem com um lugar reservado do que no trem expresso em que terá que fazer o trajeto de pé.

Dia 9: Passeio de um dia por Sigiriya e Dambulla

Praticamente todo mundo que está em Kandy, está lá para usar a cidade de base para visitar as outras atrações nas redondezas. Alguns optam em dormir em Sigiriya ou Dambula, mas também é possível cobrir esses dois lugares em um passeio de um longo dia de Kandy. Apesar de ser bem mais confortável fazer o trajeto de carro/van/tuk-tuk particular e dividindo os custos com outros viajantes, é também possível visitar os dois locais usando o transporte público e tuk-tuks para alcançar as atrações.

Se conseguir um grupo para dividir os gastos do tuk-tuk ou van, comece o dia o mais cedo possível e próximo das 5 da manhã. Isso garante que você chegará em Sigiriya logo depois do nascer do sol, quando a temperatura está a mais agradável para fazer um hikking. Não posso enfatizar o bastante o quanto eu recomendo a subida da montanha Pidurangala, de onde você terá a mais bonita vista do vale com a montanha Sigiriya no meio, ao invés de subir a própria Sigiriya (o que o impediria de ver todo o cenário).

A diferença de preço entre as duas também é gritante. Para subir a Sigiriya, são 4500 rupies, enquanto a Pidurangala, somente são somente 500 rupies! Ambas são relativamente fáceis de subir, e demandam somente 30 minutos, em média.

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A montanha Sirigiya, vista de Pidurangala.

Siga viagem para Dambulla, para visitar os templos budistas encrustados nas cavernas das montanhas. São centenas de estátuas de… – acertou quem pensou em Buddha – entre cavernas com pinturas avermelhadas nas paredes. Esse cenário silencioso e exótico vão te deixar impressionados.

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O templo das cavernas de Dambulla
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O templo das cavernas de Dambulla
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O templo das cavernas de Dambulla

Volte para Kandy e no final da tarde visite o Templo do Dente Sagrado de Buddha, em frente ao lago da cidade, a principal atração de Kandy, e que merece uma visita.

Dia 10: Retorno para Colombo e aeroporto

Se você optar pelo pernoite em Kandy no dia anterior, siga para Colombo de trem ou de ônibus diretamente para Negombo, a cidade mais próxima do aeroporto Bandaranayake. Se você tiver optado em dormir em Dambulla, há conexões de ônibus diretamente para a cidade de Negombo.

Dias adicionais

Se você tiver mais tempo do que 10 dias para explorar o Sri Lanka, seguem as minhas sugestões para preenchê-los:

– Adicione um dia para relaxar nas praias do sul do país;
– Adicione um dia e visite o Parque Nacional de Yala, o melhor lugar do país para encontrar os famosos leopardos;
– Adicione dois dias para visitar a cidade antiga de Anaradhapura, no norte;
– Adicione de dois a três dias e visite as praias da costa leste do Sri Lanka, ainda pouquíssimo exploradas pelo turismo, mas já famosas entre os surfistas aventureiros do mundo. As melhores praias da costa leste são Aragum Bay, Passekudah, Kalkudah, Uppuveli e Nilaveli. Dessas últimas é possível embarcar em um passeio de barco para um dos melhores lugares do Sri Lanka para mergulho e snorkel, a Ilha Pigeon.

Já montou seu roteiro e já sabe o que fazer no Sri Lanka? Conta pra gente nos comentários 😉