Eu vinha planejando uma longa road-trip pelo Sul do Brasil há um bom tempo e finalmente em 2017 consegui tirar ela do papel, entre outubro e novembro. Seriam 20 dias, começando em uma capital e terminando em outra, e a dúvida era: em qual começar? Porto Alegre ou Florianópolis?
Optamos por começar no frio da serra e terminar no calor do litoral, com uma aclimatação final na praia antes de voltar ao quase-verão carioca.
Conseguimos um ótimo voo direto na sexta-feira, do Santos Dummont (RJ) para POA, chegando na capital gaúcha pela hora do almoço. Perfeito para o horário de check-in do hotel e com tempo de sobra para curtir o resto do dia.
Como o planejado eram 2 noites em Porto Alegre, optamos por ficar no Centro Histórico, mais perto das atrações principais. Fomos de Uber do aeroporto ao hotel em rápidos 20 minutos e meros 20 reais.
Neste post você vai ler:
O que fazer em Porto Alegre – 1º Dia
Centro Histórico e Pôr do sol no Guaíba
Ficamos no Hotel Praça da Matriz, recentemente reformado em um lindo palacete da década de 20, que foi o ponto de partida perfeito para nossa turistada de sexta à tarde. Começamos caminhando pela própria praça, vendo a imponente Catedral Metropolitana, Palácio Piratini e Teatro São Pedro. Com a fome apertando, apertamos o passo para o Mercado Público, ao lado da Prefeitura de Porto Alegre.
Minha mulher é louca por mercados públicos e eu sou louco por fotos com a cara da cultura local. Entre barracas de chimarrão, vendas de carnes especiais e lojas de ervas-mate, encontramos o tradicional Bar Chopp 26. Depois de 2 chopps geladões, um prato honesto de chuleta (um contra-filé com osso, super macio), 3 bocejadas de sono e um cafezinho, seguimos nosso rumo.
O destino final era pegar o pôr do sol na beira do Guaíba como faz um bom gaúcho. Mas como dizem, o que importa não é apenas o destino, mas também o caminho né? Então curtimos com calma o caminho, passando pela tradicional Praça da Alfândega e Casa de Cultura Mario Quintana, também na Rua da Alfândega. Não deixe de entrar na casa de cultura e visitar o café no topo do prédio, construido para abrigar o antigo Hotel Majestic.
Ainda na mesma rua, seguimos pela Igreja Nossa Senhora das Dores e Comando Militar do Sul até a Usina do Gasômetro. É na beira do Lago Guaíba, ao lado da usina, que locais apreciam o pôr do sol sobre o espelho d’água, água que vêm do Rio Jacuí, enquanto tomam seus chimarrões ou cervejinhas. De volta ao hotel, jantamos ali do lado e deitamos cansados.
O que fazer em Porto Alegre – 2º Dia
Moinhos, Fundação Iberê Camargo e Estádio Beira-Rio
Ao contrário da sexta, que o tempo estava ótimo, o sábado ficou variando entre chuvoso e nublado. De manhã fomos conhecer o bairro de Moinhos, que seria o equivalente ao Leblon carioca, sem as favelas. Aqui também tem boas opções de hospedagem, sendo a alternativa para quem não quer ficar no Centro. O padrão é altíssimo, e dizem que Porsches e Ferraris podem ser vistos à noite pelos restaurantes da Rua Padre Chagas. Não voltei para conferir. Depois de uma caminhada pelo Parque Moinhos de Vento, devoramos um hambúrguer gostoso porém caro e de Uber voltamos à realidade.
Saltamos em frente ao prédio moderno-muito-louco da Fundação Iberê Camargo, um show de arquitetura! Lá dentro (de grátis) a curtição continuou enquanto nos deliciamos com uma exposição sobre nosso caótico Rio de Janeiro, muito bem montada, entre outras. No bistrô do lado de fora, enquanto tomava um cafezinho saboroso, fiquei pensando no que havia sido mais interessante sobre a Fundação Iberê Camargo. Foram as exposições, ou o incrível prédio?
Seguimos então caminhando pela orla, fechada para os carros e aberta ao lazer em finais de semana, até o Estádio Beira-Rio. Ali ao redor ficamos, entre chopps buscados no pub do estádio (bem simpático aliás) e fotos delirantes de reflexos nas poças, até que o sol se pôs. Na verdade, estávamos também fazendo hora pra nossa reserva de jantar, às 20:30h ali perto.
A ideia era: última noite em Porto Alegre, vamos comer tri-bem, tchê! Escolhemos a dedo o Restaurante Parrilla del Sur, que não é um típico churrasco gaúcho, mas sim um churrascão estilo Uruguaio, uma Parrillada. Não espere um local super luxuoso. Embora esteja no bairro nobre de Petrópolis, o restaurante tem alma quente, é barulhento e movimentado. Bem do jeito que a gente gosta.
Entre cantos de parabéns nas mesas do lado, comemos algumas das melhores carnes da vida, sem exagerar. Para não falar demais, vou dizer apenas para não esquecer do entrecôte! Como um leão que comeu uma zebra inteira, engatinhei até a cama do hotel e devo ter sonhado com rúcula, alface e granola, mas confesso que não lembro.
O que fazer em Porto Alegre – Dia de ir embora
Feira do Brique da Redenção
Domingo de manhã, semi-recuperados da loucura gastronômica, fomos curtir mais um programa típico da capital: a Feira do Brique da Redenção. A feira acontece aos domingos no Parque Farroupilha e é famosa pela venda de artesanatos e antiguidades.
O parque, no Centro, é bonito e merece uma caminhada, com cuidado para não chutar a garrafa térmica do chimarrão de ninguém. Para fechar com chave de ouro, encontramos um casal muito amigo que se mudou para o Sul e, depois de um longo papo atualizando as notícias, foi hora de se despedir com aquele saudoso “até a próxima”!
Atrações em Porto Alegre
- Mercado Público
De segunda a sábado, aberto até 19:30h - Casa de Cultura Mario Quintana
De terça a domingo, aberto até 21h - Fundação Iberê Camargo
Sábado e domingo das 15h às 20h
Texto por: Vitor Marigo
Vitor Marigo é carioca, fotógrafo profissional, formado em publicidade e co-criador da empresa de turismo RioXtreme. Instagram: @vitormarigo
Onde comer em Porto Alegre
- Parrilla del Sur
Aberto todos os dias
Onde ficar em Porto Alegre
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