Indonésia

Os golpes mais comuns a turistas na Indonésia

Em 2016, foram 4.6 milhões de visitantes, e só no primeiro semestre do ano passado, houve um aumento de quase 19% no número de turistas no país se comparado ao ano anterior, de acordo com a Tempo Report.

Australianos, chineses, japoneses e britânicos já contam, juntos, mais do que 50% desse volume anual total. Durante a minha visita a Indonésia, conversei com muitos viajantes e iam e vinham da visita quase inevitável de Bali e outras ilhas mais turísticas da Indonésia, e a maioria se declarou muito satisfeita, mas não pude deixar de reparar que haviam muitos turistas saindo do país um tanto quanto desapontados.

Quando eu visitei eu entendi o porque e vou dar dicas aqui para te ajudar a driblar as decepções e aproveitar ao máximo o que a Indonésia tem de melhor.

Kelingking Beach, em Nusa Penida
Visitando o dragão de Komodo, na ilha de Komodo.

Vá para lá preparado para prestar atenção aos seus passos e decisões. A Indonésia é inundada daquelas pessoas que só estão esperando a hora certa para fazer um turista pagar até 5 vezes mais do que ele deveria para qualquer coisa.

Depois de sair de lá você vai provavelmente sentir que a sua mente precisa de um descanso de ficar pesquisando preços, barganhando e pensando sobre mil e uma maneiras de não ser pego em nenhum possível golpe que podem estar te aplicando nas mais variadas situações.

É claro, nem tudo é regra, e sim, há pessoas maravilhosas que não estão somente interessadas em sugar o seu orçamento o tempo inteiro, mas você deve redobrar a atenção nessas seguintes situações.

Angels bilabong, em Nusa Penida

1 – Aplicativos de transporte online

Uber, Grab, GoJek são controlados pela máfia do transporte no país inteiro (salvo Jakarta, onde você poderá e deve acionar esses aplicativos sempre que for necessário se locomover). Principalmente em Bali, você pode entrar numa fria se descobrirem que você pegou um “taxi” tipo Uber. A máfia faz de tudo para que você somente tenha somente a opção de embarcar em uma das suas incontáveis vans, que também são absurdamente caras.

Eu arrisquei algumas vezes pedir um Grab, mas várias vezes os próprios motoristas cancelavam a corrida por medo de serem pegos circulando pelas ruas. As vezes dava certo, as vezes não. Nos terminais da “rodoviária” eles também são completamente proibidos, e muitas vezes até mesmo os próprios ônibus públicos não podem nem chegar perto do lacal, o que faz os turistas ficarem sem opção de sair da rodoviária a não ser pela van.

Em diversas ocasiões eu optei por andar alguns kms longe da rodoviária e pedir ajuda de locais para embarcar em algum ônibus público. Em outras, eu pedia para algum amigo local pedir um Grab pelo celular deles (quando o nome da pessoa é local, ao invés de um nome gringo, as chances são melhores de conseguir). Se prepare porque isso vai sim consumir muito da sua energia e paciência.

Vista da trilha em GIli Laba, próximo a ilha de Komodo

2 – Chip de celular na Indonésia

Não compre o chip de internet logo no aeroporto. Eles aproveitam que os turistas recém chegados não sabem os preços reais para um plano de internet, e cobram até 3-4 vezes mais caro do que se você comprar fora do aeroporto. Controle a ansiedade e pergunte no hotel qual é o chip que mais atende as suas necessidades ou veja nosso post de chip de celular na Indonésia, que incluem internet sem restrições de horário e tipo de ferramenta usada e onde comprar (pode haver distinção de preços de uma loja para a outra).

Na Indonésia, alguns chips possuem “crédito” de internet para horários limitados do dia, por exemplo, são vendidos como “20gb de internet por 1 mes”, mas na realidade, você pode somente usar 3gb das 8:00 até 20:00 e 17gb das 20:00 às 8:00. Outros tipos de chip também possuem restrições de ferramentas: 1gb para facebook + 2gb para whatsapp + 15gb para youtube, por exemplo, totalizando o que você acha que seriam “18gb de internet por 1 mês”. Fique atento a tudo isso!

Na cratera do vulcão Bromo, em Java
Amanhecer no vulcão Bromo

3 – O preço da locomoção

Ao utilizar um ônibus, balsa ou transporte público, também podem tentar te cobrar a mais por você ser turista. Para evitar, pergunte para os outros passageiros o quanto eles estão desembolsando para o mesmo trajeto e bata o pé para pagar o mesmo. Não aceite a ”ajuda” de absolutamente ninguém nas rodoviárias para te levar a um próximo destino ou te levar até o ônibus que você precisa embarcar (elas provavelmente te informarão o custo do ônibus já com uma comissão para elas mesmas).

4 – Aluguel

Antes de alugar uma moto, tire foto de tudo: pneu, riscos, batidas, tanque de gasolina. Ache todos os possíveis danos que podem, depois, ser apontados a você como responsável. Uma diária de aluguel, com o tanque de gasolina completo e incluso, não deve ser mais caro que 70.000rp (pagando caro), ou quase 5 dólares.

Tour para nadar com as arraias mantas, em Nusa Penida

5 – “Ajuda”

Não aceite a “ajuda” de locais para te mostrarem o interior dos templos e falar um pouco da história da atração, ou te convidarem para “rezar” junto com eles. No final, vão te cobrar caro pela “ajuda” e você poderá enfrentar problemas se entrar em uma área restrita para os locais rezarem.

6 – Pagamento

Não pague absolutamente nada adiantado, muito menos por um tour.

Os balanços e rede ao mar de Gili Trawagan

7 – Peça desconto!

Barganhe em tudo que você for comprar. Normalmente o primeiro preço que te apresentam é quase o dobro do preço real. Barganhe também para fazer passeios e tours que aparentemente possuem um preço único fechado. Se você for embarcar em um cruzeiro de Lombok para Flores – ou vice-versa – não compre diretamente online com a empresa que fará o cruzeiro. Vá em uma agência local e barganhe. O preço pode cair de 2.000.000rp para 1.500.000rp.

Por do sol na Ilha de Komodo
Broken Beach, em Nusa Ceningan

8 – Entrada de passeios

Pesquise o custo de entrada dos templos e atrações pela internet antes de ir. Ouvi muitos casos de pessoas que pagaram para ir aos terraços de arroz, Tagalalang, em Bali, por exemplo, onde a visita, na realidade, é gratuita.

Chip de celular para Indonésia

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Marina Zoppei

Desbravadora dos cantinhos mais inóspitos desse nosso mundão. Não liga para um perrengue e não mede esforços para descobrir aquele lugarzinho especial com gostinho de pioneirismo. Desde jan/2016, é adepta da viagem solo sem prazo para terminar, mas não dispensa uma boa amizade de estrada.

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  • Ainda bem que vc pôs essas fotos maravilhosas para não desistumular os aventureiros ! Rsrs fui vítima de vários golpes na Hungria ano passado e confesso que isso abalou minha disposição em conhecer países de turismo mais alternativo

  • Concordo e discordo de mta coisa,
    Viajei 2 meses pela indonesia e em Bali peguei mto Uber sem problema nenhum, foi até engraçado pq nenhum deles falava ingles e foi pela mimica e o destino pelo aplicativo.
    Pessoas locais nos ajudaram em muitas situações, se vc sacar que certa pessoa que esta ali te oferecendo ajuda vai querer dinheiro em troca, ja sai de fininho com um sorriso no rosto. Verdade que tem que ser safo, negociar sempre, pesquisar seeempre preços e serviços oferecidos e não acreditar de primeira em tudo. (vale ler blogs e experiências antes mesmo de viajar!) Mas isso é uma regra geral em varios paises e não exclusivo da Indonesia.

  • Estou em viagem pela Indonésia. Estou em Nusa Penida nesse momento. Muito do que se falou aqui é verdade. Chip no aeroporto cobrou 300.000 por 12GB. O mesmo chip custa 50k no shopping em Jakarta. Eu optei por outra operadora pagando 65k sem limite, 1 mês.
    Grab não funciona em lugar nenhum e, quando funciona, é mais caro que táxis. O melhor é pegar o taxi Blue Bird, que roda com taxímetro. Em Bali, no aeroporto, só dá para pegar se ver um passando.

    Para se ter idéia, as "Vans" cobravam 700.000 pra 2 pessoas para Ubud. Os táxis queriam 600.000. Eu peguei um BlueBird e a corrida deu 260.000, incluindo 20.000 que dei de gorjeta (não é obrigado, apenas quis).

    No mais, tudo que você vai comprar tem que ficar negociando preço. No primeiro dia até vai, mas com o tempo cansa. Não concordo que seja "arte". Eu não vi os locais negociando. Isso é só com turista mesmo.

    Se você é turista e vai comprar uma camiseta, por ex, o preço dela pra um local é 20k. Você pergunta: quanto? 300k. Aí você tem que chorar muuuuito pro preço cair pra 100k. Se você for muito paciente e determinado, vai pagar 40k, o dobro do que um local pagaria.

    Além disso, se você está fazendo um tour com uma pessoa e ela lhe deixa em um hotel "bom", pode se preparar que o próximo tour será inflacionado imediatamente.

    O país é muito bonito. Os preços (os fixos, diga-se) são bem atrativos, mas tem essa parte negativa. É preciso entender e aceitar, escolher outro destino ou ficar pouco tempo.

  • Vixe estava animada para ir a Bali, mas com tantas reclamacoes e roubalheiras e desonestidade...estou a repensar se vale mesmo a pena ir.

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