Já pensou em conhecer uma das regiões de natureza mais preservadas na América do Sul? Vamos contar aqui como é a Patagônia Chilena, e te convidamos a embarcar conosco nessa viagem. Bora?

Em uma área com mais de 2.800 km de extensão, existem inúmeros roteiros para conhecer na Patagônia Chilena. É possível fazer todos em uma única vez através da Carreteira Austral, que percorre a Rota dos Parques da Patagônia, mas é preciso alguns meses na estrada para conhecer todas as suas belezas e parques nacionais.

Para uma primeira viagem à região, um ótimo roteiro é conhecer a Patagônia Verde, que se estende de Puerto Montt até o Parque Nacional de Corcovado, em Los Lagos. Reconhecido como um dos destinos mais preservados em todo o Chile, este percurso passa por fiordes e bucólicos vilarejos na costa do pacífico, a prístinos parques nacionais, vulcões, cachoeiras, rios e geleiras imponentes até o encontro com a típica cultura gaúcha em meio à nevada cordilheira dos Andes.

A Secretaria de Turismo de Los Lagos me convidou para conhecer a região em um passeio que durou três dias. Mas, o ideal mesmo é ir a este destino com calma. Assim você pode vivenciar o melhor das trilhas, gastronomia, hospedagem e acolhimento do povo local. Pensando nisso, elaborei um roteiro com dicas para aproveitar o melhor dessa região em sete dias.

Vista das montanhas com picos cheios de neve na Patagônia Chilena
Chegada em Chaiten, a porta de entrada para a Patagônia Verde. Foto: Virginia Falanghe

Roteiro de 7 dias pela Patagônia Verde

Campo gramado e montanha nevada da Patagônia Chilena ao fundo
Parque Nacional Pumalin. Foto: Virginia Falanghe

Para chegar ao norte da Patagônia Chilena, é preciso ir para a cidade de Puerto Montt. Existem voos diretos que ligam Santiago à cidade, que é porta da entrada para a região. A boa dica é sentar ao lado esquerdo do avião para aproveitar a vista do alto das cordilheiras dos Andes.

A melhor época para conhecer a Patagônia Chilena é entre os meses de novembro a abril. Neste período, o clima é ameno, os dias são ensolarados e a condição para trilhas e estrada ficam melhores.

Quando for organizar o seu roteiro para a Patagônia Verde, não deixe de incluir um seguro viagem para o Chile – fundamental para fazer as atividades que este destino oferece com segurança e tranquilidade.

1º dia – Puerto Montt e Puerto Varas

Vista aérea da cidade de Puerto Varas
Puerto Varas, cidade pitoresca de influência germânica. Foto: Virginia Falanghe

Apesar de o desembarque ser na cidade portuária Puerto Montt, indico que você busque Puerto Varas para se hospedar. A cidade vizinha fica a 30 minutos de Puerto Montt e é mais interessante.

Também conhecida como “cidade das rosas”, Puerto Varas encanta com sua arquitetura germânica e todo o jeito de cidade de faz de contas. O visual da natureza abraçando a cidade impressiona, e um dos destaques é o maior lago da região de Los Lagos, o Lago Llanquihue, que também fica ali.

Aproveite o momento de apreciação para ir até o píer da Plaza de Armas e contemple o horizonte com os vulcões Osorno e Calbuco. Inclusive, dá para incluir um passeio de teleférico com vista privilegiada dos vulcões e, dependendo da estação do ano, esquiar na neve.

Se você gosta de conhecer os patrimônios históricos, faça o Circuito Patrimonial de Puerto Varas. O circuito tem menos de 6 quilômetros e pode ser feito andando ou de bicicleta. A arquitetura de Puerto Varas vai te levar a uma viagem no tempo.

Onde ficar em Puerto Varas

Fachada do Hotel Puelche
Hotel Puelche, em Puerto Varas. Foto: Virginia Falanghe

Aproveite para pernoitar em Puerto Varas e recuperar as energias para continuar o seu passeio. O Hotel Puelche é perfeito para você entrar no clima da cidade, além de ser super aconchegante. Ele é pequeno, com apenas 21 quartos, e tem arquitetura germânica. Os quartos são grandes, muito confortáveis e bem equipados. O café da manhã está incluso na diária.

A minha dica especial para esta acomodação é: fique no quarto premium e garanta uma vista privilegiada do lago e dos vulcões. Além disso, não deixe de provar o hambúrguer da casa – um dos melhores da cidade. E, se precisar relaxar, o hotel ainda oferece uma área de bem-estar com sauna e massagens terapêuticas.

Localização: Imperial 695 Esq Itata, Puerto Varas

  • Diárias a partir de US$ 93
  • Nota geral dos hóspedes: 8,3 / 467 avaliações
  • Oferece cancelamento gratuito (consulte condições)
  • Atrações próximas: Pablo Fierro Museum (0,1 km), Lago Llanquihue (0,2 km) e Dreams Casino (0,6 km)

2º dia – Chaitén e Chana

Caçarola com conchas e outras iguarias típicas da região de Chana, perto da Patagônia Chilena
Almoço tradicional em Chana, comunidade ao norte de Chaitén, na Patagônia Chilena.

Agora que você recuperou as energias e está inspirado pelas paisagens de Puerto Varas, é hora de ir para Chaitén. Retorne a Puerto Montt e, no Aerodromo La Paloma, pegue um pequeno avião para Chaitén, em uma viagem de 30 minutos. Para quem tem tempo, um outro jeito de chegar a Chaitén é de barco, o que promete ser um roteiro ainda mais cênico.

A cidade é conhecida por sobreviver a erupção do vulcão Chaitén em 2009. O impacto foi devastador e, por um tempo, Chaitén era conhecida como “cidade fantasma”. Atualmente, a cidade se recuperou, oferece bastante suporte turístico e é possível passear pelas ruas e conhecer mais sobre a história.

A casa tradicional em Chana, Artesania Dewekafe. Foto: Virginia Falanghe
A casa tradicional em Chana, Artesania Dewekafe. Foto: Virginia Falanghe

Inclusive, o Museu Chaitén tem uma ótima exposição sobre o vulcão, a erupção e tudo o que está atrelado a este momento. Alguns viajantes aproveitam para conhecer áreas que ainda guardam algum resquício da erupção do vulcão.

Além de visitar o vulcão Chaitén, a cidade é escolhida por viajantes que vão conhecer o Parque Nacional Pumalín Douglas Tompkins. Agora, se você quer encontrar um lugar com comida típica para almoçar, indico o Artesania Dewekafe, que oferece uma experiência gastronômica típica da região. O restaurante fica em Chana, um vilarejo litorâneo ao lado de Chaitén, e é necessário reserva para conhecê-lo.

Onde ficar em Chaitén

O Chucao Bosque y Cabañas é uma adorável cabana em meio à mata, mas com regalias como cozinha no quarto e lareira. Além disso, tem wi-fi e conta com total privacidade. O bacana desta opção é que, apesar de estar tão rodeado por natureza, fica perto da cidade. É o melhor dos dois mundos em um único lugar.

A cabana tem estacionamento privativo e ainda há prestação de serviços como aluguel de carro por lá, caso queira passar pela região. Por fim, é uma acomodação comprometida em manter a sustentabilidade ambiental na região.

Localização: Arturo Prat s/n, Chaitén

  • Diárias a partir de US$ 68
  • Nota geral dos hóspedes: 9,0 / 183 avaliações
  • Oferece cancelamento gratuito (consulte condições)
  • Atrações próximas: Rio Yelcho (12 km), Parque Pumalin Oeste (15 km) e Parque Pumalin Sur (25 km)

3º e 4º dia – Parque Nacional Douglas Tompkins

Virginia andando por trilha em floresta do Parque Pumalín
As trilhas com árvores da espécie Alerces milenares no Parque Pumalín
Placa de entrada no Parque Pumalín
Entrada do cênico Parque Pumalín, na Patagônia Verde. Foto: Virginia Falanghe

O Parque Nacional Douglas Tompkins é um exemplo do quanto a natureza mexe com o coração humano. As terras do parque foram, gradualmente, compradas pelo ativista ambiental norte-americano Douglas Tompkins. A ideia dele era estabelecer uma ampla área de proteção ambiental, impedindo a destruição pela exploração de madeira.

A área de mais de 400 mil hectares foi doada para o governo do Chile em 2018. A doação foi realizada pela viúva de Douglas Tompkins, após a morte dele em um acidente de caiaque em 2015, cumprindo a promessa de transferir as terras para o governo, assim como Tompkins queria. Agora, o Chile já possui uma rede de parques do tamanho da Suíça.

Conhecendo esta história, é difícil não querer passear pelo Parque Nacional Douglas Tompkins. Com uma beleza natural encantadora, ele abriga trilhas dos mais diversos níveis – de passeios em meio à floresta a trilhas para geleiras e vulcões.

Também é possível acampar em pontos específicos do parque, onde há infraestrutura de cozinha e banheiro, mas é preciso pagar uma taxa. A visitação ao parque é gratuita e é um dos passeios mais imperdíveis no roteiro pela Patagônia Chilena.

Onde ficar no Parque Nacional Douglas Tompkins

Raios de sol invadindo área de mata fechada no Parque Pumalín, com cachoeira e caminho sobre as águas
Os raios de sol na floresta preservada e sempre verde do Parque Pumalín. Foto: Virginia Falanghe

Além da opção de acampar no próprio parque, é possível ficar em acomodações mais confortáveis em Chaitén. Na Cabañas Parque Michimahuida você garante uma estadia à beira do rio, além do espaço ser confortável e ter vista para as montanhas nevadas. A hospedagem fica na entrada sul para o Parque e Pumalín e é super charmosa, feita em madeira e pedras, algo típico da Patagônia Chilena. 

É uma casa de temporada com churrasqueira, cozinha e lareira, sendo o lugar ideal para se conectar com a natureza. Não tem wi-fi e o telefone não funciona muito bem, então aproveite para se desligar da correria do dia a dia. 😉

Localização: Carretera Austral km 237, Chaitén

  • Diárias a partir de US$ 120
  • Nota geral dos hóspedes: 9,3 / 106 avaliações
  • Oferece cancelamento gratuito (consulte condições)
  • Atrações próximas: Rio Michimahuida (0,1 km), Rio Yelcho (2,0 km) e Lago Yelcho (9,0 km)

5º e 6º dia – Futaleufú

Pessoa parada admirando rio em mirante de Futaleufú, um dos destinos na região da Patagônia Chilena
A vista do mirante em Futaulefú, vilarejo reconhecido mundialmente por abrigar um dos melhores rios do mundo para a prática de rafting. Foto: Virginia Falanghe
Pessoa em ponte sobre o Rio Futaleufú, tirando foto das águas
Rio Futaleufú. Foto: Virginia Falanghe

Futaleufú é um charmoso vilarejo, a cerca de 3 horas de viagem de Chaitén, conhecido por oferecer turismo de aventura. O nome do vilarejo é o mesmo do rio, responsável por levar tantos turistas a se aventurarem nas águas, e significa “Rio Grande”.

A região tem um dos três melhores rios do mundo para a prática de caiaque e rafting. Além disso, as trilhas são perfeitas para fazer trekking e mountain bike. 

Nos 12 mil hectares do Parque Nacional Futaleufú, você encontra uma rica variedade de espécies nativas. Além disso, há opções de passeios em cavalgadas e paradas em mirantes estratégicos.

Aproveite a parada na pacata cidade para experimentar a culinária local. No restaurante Martin Pescador, você saboreia o melhor da culinária orgânica, com bons vinhos regionais. O local tem um estilo rústico bastante acolhedor e é preciso fazer reservas antecipadas.

Onde ficar em Futaleufú

Área externa ao Hotel Antigua Casona, uma das dicas de onde se hosepdar na Patagônia Chilena
Hotel Antigua Casona, uma hospedagem típica e aconchegante. Foto: Virginia Falanghe

Você vai se sentir em uma outra época no Hotel Antigua Casona, com todo o visual alpino em madeira. É uma opção que fica a apenas 5 minutos a pé do centro. O atendimento é muito simpático e prestativo, enquanto nos quartos há um aconchego ímpar, com vista para as montanhas. 

O wi-fi funciona bem, mas é bem capaz que você gaste horas papeando no restobar, acompanhado da culinária italiana de lamber os dedos e boa bebida, e acabe se esquecendo da internet. Aproveite também o delicioso café da manhã continental, incluso na diária.

Localização: Calle Manuel Rodriguez 215, Futaleufú

  • Diárias a partir de US$ 110
  • Nota geral dos hóspedes: 8,7 / 59 avaliações
  • Oferece cancelamento gratuito (consulte condições)
  • Atrações próximas: Rio Espolon (1,0 km), Rio Futaleufu (2,0 km) e Futaleufu National Park (10,1 km)

7º dia – Palena

Senhora Alicia servindo doces típicos da região fronteiriça do Chile com a Argentina
Fomos recebidos pela comunidade local em Palena. Essa é a Senhora Alicia, que serve deliciosos doces regionais na fronteira da Argentina com Chile. Foto: Virginia Falanghe
Muita neve e árvores secas no Valle Califórnia, na Patagônia Chilena
Valle Califórnia, em Palena. Foto: Virginia Falanghe
Estrada em meio à Patagônia Chilena, com vista para as montanhas geladas da Cordilheira dos Andes
As lindas estradas nevadas da Cordilheira dos Andes – paisagem incrível no roteiro pela Patagônia Chilena. Foto: Virginia Falanghe

A comunidade de Palena é perfeita para fechar o roteiro pela Patagônia Chilena com um belo turismo de base comunitária. A cidade fica fora do eixo turístico da carreteira austral, já na fronteira com a Argentina. O pacato vilarejo abriga paisagens e uma cultura gaúcha pouco conhecida.

Alguns passeios que valem a pena são o trekking para a Cascada Tronador e as atividades ao entorno do Rio Encuentro e Valle Califórnia.  Não deixe de experimentar os sabores da região com a adorável senhora Alicia, em sua lojinha El Encuentro, na fronteira. A comunidade tem menos de 2 mil habitantes e mantém uma tradição única, que une a cultura chilena e argentina.

Onde ficar em Palena

Fachada da cabana La Rosadita, toda pintada de rosa e com placa indicando o que oferece (excursões, pizzas, etc)

Em Palena, você pode se hospedar no La rosadita restotur ou no Remanso Andino. São opções charmosas e acolhedoras, assim como a cidade.

La rosadita restotur:

  • Diárias a partir de US$ 45
  • Nota geral dos hóspedes: 9,2 / 14 avaliações
  • Oferece cancelamento gratuito (consulte condições)
  • Atrações próximas: Cerro la Cruz (0,1 km) e Rio Palena (3,0 km)

Remanso Andino:

  • Diárias a partir de US$ 60
  • Nota geral dos hóspedes: 9,4 / 21 avaliações
  • Oferece cancelamento gratuito (consulte condições)
  • Atrações próximas: Rio Tigre (0 km), Rio Palena (0,1 km) e Pico Moro (5,0 km)
Pessoal dançando em uma festa típica de Palena
Uma festa típica após um Asado Patagônico em Palena. Foto: Virginia Falanghe

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