Além das famosas vinícolas, Bento Gonçalves (e o Vale dos Vinhedos no geral) oferece muitas opções de lazer, para todas as idades. Confira aqui as melhores dicas do que fazer no destino ;)

A Capital Brasileira do Vinho tem como protagonista as inúmeras vinícolas de suas imediações, é claro. Mas, apesar dos holofotes sobre a bebida, há muito mais para conhecer no destino além dos rótulos produzidos por lá. E, se você quer conhecer um pouco mais sobre o que fazer em Bento Gonçalves, está na página certa para isso.

Aqui você vai ver as principais atividades da cidade destaque da vitivinicultura nacional, e as dicas vão muito além das vinícolas em Bento Gonçalves. Há opções de aventura para os que curtem a adrenalina, passeios tranquilos, ideais para quem viaja com crianças ou idosos e, por último (mas ainda assim super importante), indicações gastronômicas que precisam marcar presença no seu roteiro.

Já deu pra perceber que Bento Gonçalves é uma cidade diversa, com alternativas de lazer para todos os gostos e idades, né? Continue a leitura para descobrir mais detalhes das opções de o que fazer por lá. 😉

Vinícolas em Bento Gonçalves

Parreiras secas na vinícola Miolo, com plaquinhas das variedades Tempranillo e Cabernet Sauvignon, por onde começa o passeio que é uma das opções de o que fazer em Bento Gonçalves
Na vinícola Miolo há uma amostra de diversas variedades de uva – Foto: Adriana Siqueira
Quatro taças altas com vinhos tintos da Dal Pizzol em degustação harmonizada da vinícola, com tábua de frios e queijos ao fundo, ao lado de garrafas de água
Degustação harmonizada com queijos e charcutaria na Dal Pizzol – Foto: Adriana Siqueira
Plínio Pizzato, fundador da vinícola de mesmo nome, em frente às vinhas que ficam na propriedade da vinícola familiar, que é uma das opções de o que fazer em Bento Gonçalves
Sr. Plínio Pizzato em frente às vinhas de Merlot da vinícola – Foto: Adriana Siqueira

É difícil alguém viajar para Bento Gonçalves e passar batido pelos passeios das vinícolas, que são as grandes atrações da cidade. Há dezenas de produtores de vinhos nacionais no destino, e a maioria recebe visitantes para um tour guiado, muitas vezes também acompanhado de degustação das bebidas feitas no próprio local.

A Miolo, a Dal Pizzol e a Pizzato são algumas opções de vinícolas com ótimas visitações e degustações. Além delas, há uma quantidade expressiva de outras para escolher – você pode conferir a lista completa no nosso post dedicado inteiramente às vinícolas de Bento Gonçalves.

E, para completar, existem outras vinícolas no Vale dos Vinhedos, em cidades próximas a Bento, como Garibaldi e Monte Belo do Sul. Essas propriedades também valem a pena conhecer, sobretudo para quem curte o enoturismo.

Agora, se você quer saber mais de outros tipos de passeios em Bento Gonçalves além das vinícolas, vai gostar das dicas a seguir.

Passeio de Maria Fumaça

Vagão principal da Maria Fumaça, uma das opções de o que fazer em Bento Gonçalves, vista por fora, com a editora (Nátalie) vista ao fundo, sobre a escadinha de acesso
O trem Maria Fumaça de Bento Gonçalves é super tradicional – Foto: Nátalie Guimarães
Vista dos vagões da Maria Fumaça de Bento Gonçalves fazendo uma curva nos trilhos em meio à mata
Durante o percurso, a paisagem dos arredores é de muito verde – Foto: Nátalie Guimarães
Parte do Parque Cultural da Epopeia Italiana, uma das dicas de o que fazer em Bento Gonçalves após o passeio da Maria Fumaça
O Parque Cultural Epopeia Italiana promove um mergulho no passado – Foto: Nátalie Guimarães

Entre as opções de o que fazer em Bento Gonçalves, o passeio de Maria Fumaça é um dos mais famosos, sendo super procurado por viajantes de todas as idades.

Com saída do centro da cidade, na Estação Ferroviária que fica bem próxima ao hotel Laghetto Viverone Estação e à praça da Igreja Cristo Rei (onde ainda há outras opções de onde ficar em Bento Gonçalves), o trajeto do Trem do Vinho (outro nome pelo qual é conhecido) é de 23 km. Após fazer o tour por Bento Gonçalves, passa por Garibaldi e vai até Carlos Barbosa.

Durante o percurso acontecem apresentações artísticas de influência cultural italiana, sejam de teatro, dança ou música. Além disso, são servidas bebidas aos visitantes, como vinhos, sucos e espumantes.

O passeio dura cerca de três horas, e ao final é possível estendê-lo para assistir ao Espetáculo Epopeia Italiana no parque de mesmo nome. A apresentação tem 35 minutos de duração e conta a história da imigração italiana para a Serra Gaúcha sob a perspectiva do casal Lazaro e Rosa, passando por cenários diferentes que retratam a vida das pessoas que viveram o período.

A empresa que opera o passeio da Maria Fumaça de Bento Gonçalves é a Giordani Turismo.

Caminhos de Pedra

Mapa com os atrativos da rota Caminhos de Pedra, de Bento Gonçalves
Mapa oficial do caminhosdepedra.org.br

A rota Caminhos de Pedra é a mais conhecida de Bento Gonçalves, e nela se encontram alguns atrativos indispensáveis para conhecer no destino.

Durante todo o percurso, o que mais chama a atenção são os casarios de pedra, construções típicas italianas, que continuam preservados, contando um pouco da história dos imigrantes que partiram da Itália no século XVIII e fizeram morada ali. A riqueza arquitetônica da região é, inclusive, considerada Patrimônio Histórico do Rio Grande do Sul.

Entre os pontos altos do passeio pelos Caminhos de Pedra se destacam os inúmeros restaurantes e cantinas, com gastronomia italiana de alta qualidade, a Casa Merlin, maior casa de pedra de Bento Gonçalves e onde funciona um museu e centro de exposições, além da Casa da Ovelha e o Parque das Esculturas e Domadores de Pedra. Estes últimos são abordados com mais detalhe logo abaixo.

Casa da Ovelha

Foto da parte externa da Casa da Ovelha, loja do Parque da Ovelha, uma das atrações e opções de o que fazer em Bento Gonçalves. O local conta com base de pedras e o restante da estrutura é em madeira, de cor verde-água. O dia está nublado, com céu cinza.
A entrada da lojinha no Parque da Ovelha – Foto: Adriana Siqueira
Ovelhas e cães Border Collie as pastoreando em área delimitada para a apresentação no Parque da Ovelha, com obstáculos de madeira sobre o gramado e araucárias ao fundo
O show de pastoreio das ovelhas com os cães Border Collie – Foto: Adriana Siqueira
Montagem com três fotos da atração de amamentação de cordeiros no Parque da Ovelha. Na primeira foto há diversos cordeiros num cercadinho, na foto do meio a editora segura um cordeiro nos braços, e na última foto, à direita, um cordeiro é visto mamando da mamadeira
A amamentação dos cordeiros permite interagir com os filhotes – Fotos: Adriana Siqueira

A Casa da Ovelha, ou Parque da Ovelha, é um local perfeito para visitar em família. Criancas costumam gostar bastante do passeio, pois envolve rebanhos de ovelhas criadas por lá mesmo, cães de pastoreio da raça Border Collie, que ajudam a tocá-las, e aves como gaviões e corujas, em espetáculos de falcoaria.

Com apresentações diversas a cada 30 minutos, o Parque funciona todos os dias, das 9h às 17h (última entrada às 16h). Mesmo em dia de chuva as atrações continuam normalmente, com estrutura adequada – há espaços cobertos para o publico se acomodar, assim como guarda-chuvas para os visitantes.

Uma das principais atrações é a amamentação dos cordeiros, feita em grupos controlados. Cada participante recebe uma mamadeira para oferecer a um filhotinho. Também há atividade de alimentação das ovelhas adultas. Outra dica é assistir ao pastoreio, apresentação na qual o pastor instrui cães Border Collie a conduzir as ovelhas por um percurso. Mas há ainda mais para prestigiar por lá, como a falcoaria ou a tosquia e ordenha das ovelhas, além de outras atividades de fazenda.

Por fim, a loja da Casa da Ovelha é um ponto de parada imperdível. Os produtos comercializados incluem queijos, doces, iogurtes e sorvetes de diversos sabores, todos produzidos com leite de ovelha, além de cosméticos desenvolvidos com a mesma matéria-prima. Fora isso, também é possível encontrar itens diversos, como roupas, pelúcias, canecas ou chaveiros, ideais para levar como lembrança.

Os ingressos do Parque da Ovelha variam de R$ 70 a R$ 250. Crianças de até 5 anos não pagam.

Parque das Esculturas

Entrada do Parque das Esculturas Domadores de Pedra, uma das dicas de o que fazer em Bento Gonçalves, com placa indicativa do nome do local
Entrada do Parque das Esculturas Domadores de Pedra – Foto: Adriana Siqueira
Caminhos entre o gramado, onde se vê esculturas espalhadas por diversos pontos, para serem apreciadas no Parque das Esculturas, em dia chuvoso
Os caminhos permeados com esculturas no Parque – Foto: Adriana Siqueira
A escultura "Barco dos Sonhos", de Jerome Symons, dos Países Baixos, na qual se vê uma cabeça, esculpida em pedra, com uma forma geométrica em formato de barco, também esculpida em basalto, apoiada sobre ela
“Barco dos Sonhos”, por Jerome Symons, dos Países Baixos – Foto: Adriana Siqueira

Ao lado do Parque da Ovelha se encontra o Parque das Esculturas Domadores de Pedra, uma dica de passeio ideal para quem gosta de espaços abertos, caminhadas em áreas verdes e, sobretudo, apreciar obras de arte.

O Parque tem uma área imensa, com quase quarenta obras esculpidas em basalto, um tipo de pedra bem comum na Serra Gaúcha. As esculturas estão posicionadas em meio à paisagem natural, com gramado e árvores em volta, e são assinadas por artistas de diversos países – mais de 30 nacionalidades.

Há uma casa na entrada do Parque que funciona como uma lojinha. Nela são comercializados diversas peças feitas também com pedras, porém de tipos mais variados. Há brincos, colares, anéis, enfeites, pequenas esculturas que são perfeitas como souvenir, e até mesmo peças de cerâmica e bombas para chimarrão, ótimas para quem estiver procurando por algo bem típico para levar para a casa.

Turismo de Aventura

Folheto ilustrativo do Parque Gasper Vale dos Vinhedos, onde se vê três mulheres, com capacete amarelo e óculos escuros, sobre quadriciclos vermelhos, em uma estrada de terra, com folhas de vinhas sobre elas
Folheto do parque Gasper Vale dos Vinhedos – Foto: Adriana Siqueira

Uma dica surpreendente de o que fazer em Bento Gonçalves é se jogar ao turismo de aventura. Se você é da turma que gosta de atividades radicais, vai adorar as atrações que o Parque Gasper tem para oferecer.

Existem duas unidades do Parque na região. O Gasper Vale dos Vinhedos foca em passeios para família e tem como carro chefe o passeio de quadriciclo, que pode incluir uma parada na vinícola Dom Cândido para uma breve degustação. Há opção de circuito longo ou curto, com 25 minutos ou uma hora de duração, respectivamente.

No local também há estrutura de tirolesa, arvorismo e escalada. Os valores das atividades vão de R$ 35 a R$ 280.

A outra unidade se chama Gasper Parque de Aventuras Eulália, e o foco dela são as atividades radicais. Lá existe a possibilidade de fazer bungee jump, pêndulo num paredão, rapel, estilingue (dois elásticos que seguram uma pessoa lançada verticalmente a 15 m de altura), superman (uma torre de 40 m que ergue os participantes e os solta como uma balança gigante), e outras opções, como tirolesa, arvorismo, escalada, paint ball, tiro ao alvo, trilha de moto e passeio de quadriciclo.

As atividades do Parque de Aventuras Gasper variam de R$ 20 a R$ 270, dependendo da modalidade escolhida. Também existem combos promocionais, com mais de uma opção, que vão de R$ 70 a R$ 495.

Rota Cantinas Históricas

Vinhedos com folhas amareladas e galhos secos, na vinícola Cristofoli, da Rota Cantinas Históricas, uma das dicas de o que fazer em Bento Gonçalves
Vinhedos da Cristofoli, bem em frente ao restaurante da vinícola – Foto: Adriana Siqueira
Adega com vinhos antigos diversos da vinícola Dal Pizzol. Há garrafas empilhadas em estantes de madeira com divisões, e placas indicativas mostram qual a variedade de uva dos vinhos em cada espaço. Em primeiro plano se vê um Chardonnay 1989 e, logo abaixo dele, um Cabernet Franc de 1990.
Enoteca da família Dal Pizzol, com rótulos antigos datados desde 1974 – Foto: Adriana Siqueira

A Rota Cantinas Históricas compreende propriedades familiares de Faria Lemos, um distrito de Bento Gonçalves localizado a 11 km de distância do centro. São lugares indicados para visitas mais intimistas, com uma cultura familiar fortemente enraizada.

A rota fica num trecho de cerca de 5 km, onde se encontram vinícolas, pousadas e restaurantes, todos com muita história, iniciada quando os patriarcas italianos chegaram à região, no final do século 19.

Algumas vinícolas que merecem a visita na rota são a Cristofoli e a Dal Pizzol. A primeira funciona num espaço com vinhedos, onde é possível ter a experiência de um piquenique no edredom, além de também ter um restaurante próprio, de cardápio sazonal harmonizado com rótulos próprios. É uma dica perfeita para casais.

Já a Dal Pizzol conta com uma propriedade mais extensa e atrações voltadas para toda a família, inclusive as com crianças. No local há lago, parquinho, o Vinhedo do Mundo (com centenas de variedades de uva, vindas de todos os cantos do planeta), um museu do vinho, além de construções típicas italianas e salas diferenciadas para degustação.

Restaurantes em Bento Gonçalves

Mesa com prato servido com risoto funghi. Ao fundo se vê uma garrafa de processo da Casa Perini, à direita, uma taça com a bebida, uma garrafinha de azeite e, seguindo para a esquerda, outra garrafa de vinho.
Risoto funghi do Cobo Wine Bar – Foto: Adriana Siqueira
Foto de pratinho fundo, com nhoque ao molho sugo, servido no restaurante Di Paolo. Atrás do prato há três taças, uma com vinho tinto, uma com água e uma com vinho branco
No Di Paolo, além do galeto, há também rodízio de massas – Foto: Adriana Siqueira

É claro que, num destino imerso na produção vitivinícola, a gastronomia não poderia ser deixada de lado – e, em Bento Gonçalves, ela é uma das atrações que merecem destaque.

Tanto na cidade de Bento, quanto no Vale dos Vinhedos como um todo, existem diversos restaurantes de alta qualidade. Alguns ficam, inclusive, dentro das propriedades das vinícolas, complementando a experiência com refeições harmonizadas e pratos assinados por chefs que não economizam na criatividade e no capricho.

Boas dicas do destino são o Cobo Wine Bar, o Caldeira e o Di Paolo, encontrado também em Garibaldi, município vizinho. Há, ainda, dezenas de outros locais para conhecer, e você pode conferir mais indicações e detalhes no post completo sobre os restaurantes em Bento Gonçalves.

Hotéis em Bento Gonçalves

Quarto do Laghetto Viverone Bento, com janelas que ocupam toda a parede e oferecem vista privilegiada do centro da cidade de Bento Gonçalves. Há um armário com espelhos nas portas de correr ao fundo, e ao lado uma TV presa na parede, um frigobar, uma cadeira numa mesa de trabalho. É possível ver o ar-condicionado no canto direito superior, e uma parte da cama no canto direito inferior
Vista de quarto do Hotel Laghetto Viverone Bento

É claro que, além de lotar o roteiro com as melhores dicas de o que fazer em Bento Gonçalves, você também deve escolher um bom lugar para o descanso entre os passeios. Existem ótimas opções de pousadas no Vale dos Vinhedos, caso a intenção seja explorar a região toda. No entanto, aqui limitamos as indicações aos hotéis em Bento Gonçalves, focando mais no centro do destino.

Se preferir ver uma avaliação completa, temos reviews dos hotéis Laghetto Viverone Estação e Dall’Onder Ski Hotel.

Veja algumas indicações:

Dúvidas frequentes

O que fazer no centro de Bento Gonçalves?

No centro de Bento Gonçalves a atração principal é o passeio da Maria Fumaça, que sai da Estação Ferroviária da cidade.

Quantas vinícolas têm em Bento Gonçalves?

Só em Bento Gonçalves são mais de 40 propriedades vitivinícolas para conhecer. Considerando as vinícolas do Vale dos Vinhedos como um todo, esse número dobra.

Quais são as vinícolas de Bento Gonçalves?

Algumas entre as dezenas de vinícolas de Bento Gonçalves são a Pizzato, a Cristofoli, a Dal Pizzol e a Miolo.

Para onde vai o passeio da Maria Fumaça de Bento Gonçalves?

O passeio da Maria Fumaça de Bento Gonçalves (Trem do Vinho) sai do centro da cidade, passa pela estação de Garibaldi (com parada) e segue até Carlos Barbosa.

O que há para fazer em Garibaldi?

Em Garibaldi existem algumas vinícolas para conhecer, há a estação ferroviária, onde o passeio da Maria Fumaça faz uma parada, e também um mirante, bem em frente ao Dall’Onder Ski Hotel.

Quantas vinícolas têm no Vale dos Vinhedos?

No Vale dos Vinhedos existem mais de 80 vinícolas abertas para visitação. Confira a lista completa no post sobre as vinícolas do Vale dos Vinhedos.

O que fazer no Vale dos Vinhedos em dia de chuva?

Nos dias de chuva, a maioria dos passeios no Vale dos Vinhedos continua funcionando, normalmente. No Parque da Ovelha, inclusive, há empréstimo de guarda-chuvas aos visitantes.

Qual é a melhor época para ir a Bento Gonçalves?

A melhor época para ir a Bento Gonçalves depende do seu gosto, pois o destino pode ser visitado o ano todo. Nas estações quentes, o verde é mais pronunciado e as videiras estão cheias, mas o frio da região costuma atrair, também, bastantes visitantes, mesmo com as vinhas secas.

O que fazer em Carlos Barbosa?

Carlos Barbosa é a Capital Nacional do Futsal, e uma das dicas de passeio por lá é conhecer a Associação Carlos Barbosa de Futsal. Outra é fazer uma visita à primeira fábrica da Tramontina.