Se você vai a Cusco ou a Machu Picchu, com certeza, já ouviu falar do Vale Sagrado dos Incas e de todas as belezas escondidas ali. Assim, confira as melhores dicas para montar um roteiro incrível nesta região:

Há muito o que fazer no Vale Sagrado dos Incas no Peru, desde sítios arqueológicos até experiências gastronômicas ou mesmo rituais incas. Eu mesma estive na região e amei cada segundo das atrações e pontos turísticos que conheci, que definitivamente ajudaram a enriquecer a viagem!

É por isso que reuni neste texto os principais pontos turísticos e passeios disponíveis para você acrescentar ao seu roteiro e fazer uma viagem especial! Confira cada uma das atrações e veja o que você pode fazer com crianças, à noite e até de graça! 😉

Principais pontos turísticos do Vale Sagrado dos Incas

Montamos uma seleção com os pontos turísticos mais espetaculares e os principais passeios no Vale Sagrado. As atrações são variadas e agradam todo tipo de público, das crianças até os adultos. Veja o que você não pode deixar de fazer:

  1. Cusco
  2. Sítio arqueológico e Mercado de Písac
  3. Comunidad Umasbamba em Chinchero
  4. Salinas de Maras
  5. Sítio Arqueológico de Moray
  6. Sítio Arqueológico de Ollantaytambo
  7. Awana Kancha
  8. Lago Piuray
  9. Cavalgada às margens do Rio Urubamba
  10. Passeio de quadriciclo no Vale Sagrado
  11. Passeio de bike no Vale Sagrado
  12. Voo de Parapente no Vale Sagrado
  13. Machu Picchu
  14. Lagoa Humantay
  15. Choquequirao

Confira a seguir os detalhes sobre cada um:

1 – Cusco

Plaza de las armas de Cusco com um poste de luz bem ao centro, com duas bandeiras de cada lado: a inca e a peruana. Ao fundo é possível ver a Catedral de Cusco à esquerda e a Iglesia de la compañia de Jesus à direita.
Plaza de las Armas em Cusco – Foto: Nátalie Guimarães

Você vai se deparar com vários passeios em Cusco ao chegar na capital inca! Afinal, é a partir desta cidade que você vai conhecer toda a região do Vale Sagrado. Assim, vale a pensa reservar um ou dois dias para conhecer os sítios arqueológicos (como Saqsayhuaman e Tambomachay), os museus, a famosa Plaza de las Armas e, claro, os melhores restaurantes onde comer em Cusco.

Uma boa dica é você investir no Boleto Turístico del Cusco que te garante entrada em diversas atrações, tanto em Cusco quanto nas cidades do Vale Sagrado por vários dias. E, claro, num free tour para ficar por dentro de tudo o que há de mais interessante na cidade. 😎

2 – Sítio arqueológico de Písac

paisagem do setor agrícola do sítio arqueológico de pisaq, no Vale Sagrado dos Incas, onde há vários degraus na rocha. No lado direito da imagem há uma mulher em pé, parada e sorrindo para a câmera.
Setor agrícola do Sítio arqueológico de Písac
degraus e paredes de pedras empilhadas, com uma mulher sentada neles, posando para a foto. Ela está sorrindo e usa um óculos escuros marrom.
Setor urbano do Sítio arqueológico de Písac

Fotos: Nátalie Guimarães

O sítio arqueológico de Písac é uma das principais atrações do Vale Sagrado dos Incas, e você vai se deparar com este passeio em todas as agências de turismo e sites que procurar. Aliás, talvez você já tenha até visto esse local em algum documentário – foi o meu caso! 😅

Assim que cheguei no destino, me deparei com uma vista panorâmica do vale e desde já me encantei. A paisagem é super aberta e você consegue enxergar diversos vilarejos abaixo. Antes mesmo de entrar no sítio, há vários vendedores e artesãos com suas barraquinhas cheias de souvenires e comidas típicas. Mas fica o aviso que é preciso levar soles, nem todos possuem uma máquina de cartão ou troco para dólares.

O passeio te leva a conhecer os setores agrícolas e urbanos em que viviam os incas há muitos anos ali, e por essa razão é importante contratar um guia. É ele quem vai fazer desta visita uma atração ainda mais especial, pois toda a história que contém naquele local merece seu momento de reflexão e apreciação.

Dica: vá preparado para caminhar e subir escadas. Leve água, use roupas confortáveis e configure a câmera para fotos incríveis.

Mercado artesanal de Písac

vista frontal de várias lojas, lado a lado, na rua em Pisaq, uma das muitas coisas o que fazer no Vale Sagrado dos Incas. Há muitos tecidos e produtos artesanais feitos em lã.
Mercado artesanal de Pisaq – Foto: Nátalie Guimarães

Ainda em Písac, não deixe de conhecer o mercado artesanal. Há diversas ruas repletas de lojas com preços variados e artigos incríveis. Eu confesso que fiz festa nas lojas! Havia tantos produtos de excelente qualidade e por um preço tão acessível que era simplesmente irresistível. Casacos e itens de lã de alpaca, souvenires para a família e amigos, tapetes, bolsas, acessórios de prata, brinquedos…

Há de tudo e mais um pouco.

Além disso, você encontra lojas que aceitam cartão de crédito. Porém, mais uma vez, fica o aviso: leve soles! Se quiser pagar um preço ainda mais vantajoso, esse é o caminho. Ah! E vale a pena pechinchar… Eu posso dizer que consegui um bom desconto com essa prática. 😉

3 – Comunidad Umasbamba em Chinchero

jardim aberto com uma grande mesa retangular coberta por um pano elaborado e artesanal. Em cima e na frente dele, sobre um banco de madeira, há várias cestas e pratos com grãos diversos. Ao lado da mesa, em pé, no lado esquerdo da imagem, há uma mulher peruana vestida tipicamente explicando sobre os grãos
Explicação sobre os grãos peruanos e seus usos
três mulheres peruanas, vestidas tipicamente - com chapéus e saias vermelhos - sentadas no chão, ao redor de uma estaca de madeira presa ao chão. Cada uma delas está tecendo um objeto artesanal com lã de alpaca.
Demonstração da tecelagem de lã de alpaca
três mulheres peruanas vestidas tipicamente apresentando como se faz a tintura das cores das lãs. Elas estão em pé, atrás de vários objetos no chã, como lãs, tigelas de água e demais materiais.
Processo de tingimento da lã

Fotos: Nátalie Guimarães

Visitar a Comunidade de Umasbamba em Chinchero foi, de longe, um dos passeios no Vale Sagrado dos Incas que eu mais gostei. Eu passei o dia na comunidade com a Associação Artesanal Virgen Purificada e fui tão bem recebida e amada por aquelas pessoas que vou guardar esse dia na memória para sempre!

Logo ao chegar somos recebidos com músicas, danças, colares de flores e abraços. Em seguida, cada uma das mulheres vestidas tipicamente com suas roupas festivas, nos tomam pelas mãos e seguimos dançando até a praça central, onde elas se apresentam em espanhol ou quéchua – o idioma nativo – e nós também.

Depois somos levados ao centro da associação, onde ainda com músicas ao som de flautas e tambores, as mamas – como elas se referem umas às outras – nos vestem com as roupas típicas daquele vilarejo. E durante as horas seguintes elas apresentam seu museu, como são feitas as coletas de grãos, a tecelagem das roupas e artigos, o processo de tintura das lãs e a atração principal: a cocção da famosa Pachamanca.

Pachamanca

uma mulher peruana usando um avental e uma touca higiênica nos cabelos está inclinada sobre uma pilha de pedras no chão, onde se encontram alguns legumes e frutas que estão defumando. Ao lado desta mulher, há outra mulher auxiliando.
Cocção da Pachamanca
mesa de madeira com uma tigela de alumínio, onde há carnes cruas temperadas. No canto direito é possível ver metade de uma mulher de costas para a câmera, mexendo na tigela.
Preparo das carnes para a Pachamanca
nátalie guimarães posando para a foto no centro da imagem. Ela usa as roupas típicas do vilarejo: uma saia de lã preta com bordas vermelhas, um chapéu vermelho e um casaco azul com desenhos costurados.
Roupas típicas das mulheres incas

Fotos: Nátalie Guimarães

Um dos pratos típicos peruanos mais famosos do país, a Pachamanca é preparada num forno de pedras artesanal no chão. As carnes temperadas são dispostas entre as pedras ferventes e, depois, cobertas por uma grossa camada de terra por cerca de meia hora antes de serem servidas à mesa. E saiba que tudo é feito com muita higiene e esmero, viu?

Agora, o cheiro daquele alimento sendo retirado dali é simplesmente di-vi-no! E o sabor, maravilhoso! É sério, essa degustação precisa entrar no seu roteiro. Você não vai se arrepender.

E ao final do dia, depois de estarmos todos muito bem alimentados e satisfeitos, as mulheres expõem seus trabalhos artesanais de excelente qualidade. Um artigo é mais bonito do que o outro, então, boa sorte para tentar resistir. 😊

4 – Salinas de Maras

nátalie guimarães em pé, no lado esquerdo da imagem, posando para a foto enquanto olha para trás, onde já várias piscinas de águas salgadas em tons marrons e brancos nas Salinas de Maras, um dos destinos sobre o que fazer no Vale Sagrado dos Incas
O local é super intagramável
vista panorâmica das salinas de maras, no Vale sagrado dos incas. São várias piscinas de águas salgadas cortadas direto na rocha, mostrando paredes brancas de sal em pedra e águas em tons marrom dentro de cada piscina, que varia de tom a cada uma.
Salinas de Maras
trabalhado carregando uma saco de sal nas costas no lado direito da imagem. Ele está caminhando entre as piscinas de sal da Salineras de Maras, no Vale Sagrado dos Incas.
É possível comprar diversos tipos de sal

Fotos: Nátalie Guimarães

Outro ponto turístico no Vale Sagrado dos Incas que é bastante conhecido e precisa entrar no seu roteiro são as Salinas de Maras. Esculpidas na rocha há mais de 20 séculos, antes mesmo dos povos incas, essas mais de 5 mil piscinas de águas salgadas são um verdadeiro espetáculo da engenharia humana em unidade com a natureza.

Derivadas de uma única nascente de água salgada que brota da montanha, as piscinas têm passado de geração em geração por diversas famílias peruanas. Cada uma pertencente a uma família, que minera o sal e revende no mercado nacional e internacional.

E por falar em mercado, o destino também conta com uma feira, onde é possível comprar diversos tipos de sal: para tempero, para banho, preparado no chocolate, entre outros. Você ainda pode comprar outros itens artesanais e típicos por ali, como artigos de prata ou de lã de alpaca, e chá de coca.

5 – Sítio Arqueológico de Moray

sítio arqueológico de moray, no vale sagrado dos incas, um dos principais sítios da região. O local também era usado como laboratório agrícola.
Laboratório de Moray – Foto: Nátalie Guimarães

O sítio arqueológico de Moray é mais um ponto turístico no Vale Sagrado dos Incas bem famoso e com enorme valor histórico, localizado muito próximo às Salinas de Maras. Conhecido como um verdadeiro laboratório a céu aberto, os povos incas se utilizaram desta região e formas geométricas com o intuito de testar diferentes tipos de solo, temperatura e grãos.

Acontece que a cada degrau, ou plataforma, há cerca de 1,90 metro de altura de distância, o que faz com que a temperatura varie de um andar ao outro, possibilitando o cultivo de diferentes produtos. Assim, não é à toa que haja mais de 3 mil tipos de batatas no Peru…

E, além de toda essa riqueza histórica, Moray ainda conta com belíssimas paisagens desde a estrada até as plataformas circulares esculpidas no solo.

6 – Sítio Arqueológico de Ollantaytambo

vista panorâmica da cidade de ollantaytambo no vale sagrado dos incas. No lado direito da imagem há um arco de pedra em formato de porta, onde uma mulher está apoiada com os ombros, posando e sorrindo para a câmera. No lado direito da imagem é possível enxergar a cidade lá embiaxo
Prepare o corpo: a subida é íngreme!
Mercado de Ollantaytambo, com várias lojinhas coloridas, com diversos produtos artesanais sobre uma rua de pedra.
Mercado de Ollantaytambo
nátalie guimarães posando para foto, sorrindo e em pé, com a cidade de ollantaytambo e as montanhas peruanas do vale sagrado dos incas aparecendo ao fundo
Há vários templos e pontos de observação para lindas fotos

Fotos: Nátalie Guimarães

Quem está com a viagem marcada para Machu Pichu, já sabe que é imprescindível passar por Ollantaytambo. Afinal, esta é a última cidade onde se pode embarcar no trem (PeruRail ou Inca Rail) antes de chegar a Machupicchu Pueblo (também conhecido como Aguas Calientes).

Se este é o seu caso, então você precisa aproveitar a oportunidade e curtir a cidade e suas atrações!

O sítio arqueológico de Ollanta é sede de belas construções incas, com templos, armazéns, setores agrícolas e setores urbanos, além de uma bela vista panorâmica do vilarejo. Aliás, este local é uma das únicas cidades que ainda mantém suas origens incas nas construções, muros e ruas. Por isso, não deixe de aproveitar a momento para caminhar no centro e conhecer o colorido comércio local.

E vale o lembrete para aqueles que desejam visitar o sítio arqueológico: a subida é íngreme e conta com muitas escadas, mas a recompensa vale a pena! A dica é subir devagar e sempre, lembrando de respirar com calma e mantendo-se hidratado. 😎

7 – Awana Kancha

alpaca de pelagem marrom mastigando um ramo de folhas verdes atrás de uma cerca de madeira no awana kancha, situado no Vaçe Sagrado dos Incas
Alpacas são mais baixas e fofas
lhama de pelagem branca e preta no rosto, e marrom no restante do corpo. Ela mastiga um ramo de folhas verdes atrás de uma cerca de madeira no awana kancha, situado no Vaçe Sagrado dos Incas
Lhamas são mais compridas e esguias

Fotos: Nátalie Guimarães

Um passeio super marcante, ideal para crianças e adultos, é conhecer Awana Kancha. Um museu vivo da cultura andina peruana onde você tem a oportunidade de alimentar os bichinhos mais fofos da América Latina, além de aprender mais sobre a cultura inca e os processos têxteis que a lã de alpaca passa.

Assim que chegamos somos apresentados rapidamente às diferentes espécies de camelídios sul-americanos (Vicuña, Guanaco, Lhama e Alpaca) que existem no Peru e em alguns outros países latinos. Em seguida, somos levados às áreas das lhamas e alpacas, onde podemos alimentar e acariciar esses animais tão graciosos, com o cuidado de desviar caso um deles sinta vontade de dar uma cuspidinha. 😆

Artesanato e processos têxteis da cultura andina

artesã tecendo os fios de lã da mesma forma que seus ancestrais incas costumavam fazer anos atrás. Ela também usa uma roupa típica, com um chapéu vermelho e tiras coloridas presas a ele, e uma manta colorida disposta sobre suas pernas
O centro também conta com um museu vivo
parede com várias lãs coloridas postas lado a lado, formando várias fileiras de lã coloridas e de diferente tons em awana kancha, no vale sagrado dos incas
Você pode conferir as dezenas de cores naturais que a lã adquire

Fotos: Nátalie Guimarães

Após alimentar vários cercados repletos das mais diferentes e charmosas lhamas e alpacas, somos levados a uma área à parte, onde é mostrado como se faz o processo têxtil das lãs. Um passo a passo que é ensinado há gerações desde o período inca e que tem sido preservado até então. Assistimos a maneira como o fio da lã é produzido e até como a coloração é retirada de elementos próprios da natureza.

Além disso, há outros procedimentos que são demonstrados, como os desenhos e a cores produzidas na tecelagem pelas mulheres e as ferramentas utilizadas pelos homens ao esculpir utensílios para o dia a dia. Ao final deste tour, há algumas lojas de marca própria com produtos de altíssima qualidade.

Eu mesma comprei um par de luvas simplesmente adoráveis! A lã é tão bem trabalhada e macia que é impossível não querer levar ao menos um item com você.

8 – Lago Piuray

vista panorâmica do lago Piuray no Vale Sagrado dos Incas. A parte debaixo da imagem está tomada por águas escuras, enquanto da metade pra cima é possível ver várias montanhas e um céu nublado, carregado de de nuvens
Você pode escolher entre caiaque, canoa, stand up paddle e até canoa polinésia
no lado esquerdo há uma caiaque com um homem moreno remando na água. O céu está nublado e mais a frente, no horizonte, é possível ver as montanhas peruanas.
Às margens do lago é possível encontrar flamingos e aves típicas da região
natálie guimarães acariciando uma alpaca de pelagem branca. Ao fundo é possível ver o gramado verde e florido sob seus pés, o lago piuray e, mais afastado, as montanhas peruanas do Vale Sagrado dos Incas
Quem quiser relaxar à beira do lago, pode passar o tempo acompanhado de ovelhas e alpacas

Fotos: Nátalie Guimarães

O lago Piuray é mais um dos pontos turísticos no Vale Sagrado dos Incas que reserva lindas paisagens aos amantes de natureza. Este era um dos passeios que eu estava ansiosa para fazer, afinal, eu amo um caiaque! E ainda que o dia estivesse nublado por causa da temporada de chuvas, valeu a pena investir uma tarde ali.

A região é muito bonita, tem bastante espaço verde e havia várias ovelhas pastando na grama alta, além de um criadouro de cuy (porquinhos da índia). Como estávamos em grupo, acabamos optando pela canoa polinésia, que permite várias pessoas no mesmo barco estreito. Foi um passeio super tranquilo e relaxante, com a visita de flamingos e outros pássaros típicos.

Algumas pessoas de nosso grupo não quiseram enfrentar a água gelada, então resolveram ficar às margens do lado, curtindo a grama macia enquanto liam, tirando fotos com as alpacas e desfrutando do lanche disponível.

9 – Cavalgada às margens do Rio Urubamba

cavalo com pelagem marrom e branca ao centro da imagem, com várias montanhas ao fundo e um céu azul em contraste. Montada no cavalo, há uma mulher sorrindo, usando óculos escuros e capacete.
Opte para fazer esse passeio ao entardecer, vai te render lindas imagens! – Foto: Nátalie Guimarães

Outro passeio no Vale Sagrado dos Incas que eu estava esperando ansiosamente era o passeio à cavalo. Sempre que tenho a oportunidade de inserir esse tipo de atividade no meu roteiro de viagem, eu acrescento. O barulho dos cascos no chão, a brisa fresca da natureza, o sol quente do fim de tarde e o balançar tranquilo do trotar são o paraíso para mim. Sem falar da beleza desses animais magníficos!

Aliás, este da foto é o Picasso, dado a singularidade de suas manchas. 😍

O trajeto feito às margens do rio Urubamba (também conhecido como Vilcanota) ao fim de tarde foi perfeito. A paisagem das montanhas peruanas em contraste com o sol se pondo parecia ser um cenário de filme, tamanha beleza. Durante duas horas percorremos a região com nosso guia explicando sobre alguns pontos turísticos e históricos importantes ao longo do caminho.

E ainda que eu não tenha escutado tudo o que ele explicou, dado ao fato de que eu estava lá no final da fila de nosso grupo (então já pega a dica para ficar no início 😉), a sensação de plenitude ao apreciar tudo aquilo foi suficiente.

Então se você, igual a mim, ama andar à cavalo, pode acrescentar essa atração ao seu roteiro sem a menor sombra de arrependimento!

10 – Passeio de quadriciclo no Vale Sagrado

três carrinhos de quadriciclo com mulheres sentadas em cima dirigindo, de costas para a câmera. Elas estão numa estrada de terra com vista para as montanhas peruanas, onde os topos estão cheios de neve, e o céu está azul e com poucas nuvens brancas e fofas.
Rota do tour de quadriciclo – Foto: Divulgação oficial da Civitatis

Aos amantes de aventura, o tour de quadriciclo é super divertido e garante adrenalina e emoção durante todo o trajeto. A atração dura cerca de seis horas e passa por alguns dos principais pontos turísticos do Vale Sagrado, como a lagoa de Huaypo, as salinas de Maras e Moray.

Além disso, há diversas paradas ao longo do caminho que permitem tirar fotos impressionantes das planícies gramadas e das montanhas nevadas. E vale o lembrete: é possível alugar o quadriciclo para uma ou duas pessoas por transporte, porém é proibido para menores de 15 anos.

11 – Passeio de bike no Vale Sagrado

duas pessoas pedalando numa estrada de terra em direção ao parque arqueológico de moray, no vale sagrado dos incas
Estrada para Moray – Foto: Bruno Tavares
Cinco amigos posando para a foto, que mostra as salineras de maras ao fundo. Todos estão sorrindo e abraçados
Mirante para as Salinas de Maras – Foto: Bruno Tavares

O passeio de bike é uma excelente maneira de descobrir a região, afinal, são 35 km de trajeto passando pelos principais pontos turísticos do Vale Sagrado dos Incas: Pisaq, Moray, Salinas de Maras, Urubamba, entre outros. Você se depara com paisagens deslumbrantes pelo caminho!

Mas é preciso ficar atento com os sintomas do Soroche, o conhecido ‘mal de altitude’, e se prevenir antes de começar a pedalada. Afinal, este é um passeio bem cansativo, com cerca de oito horas de duração, então é recomendado para quem está com um bom preparo físico e aclimatado com a altitude. 🚲

12 – Voo de Parapente no Vale Sagrado

uma mulher toda equipada segundo um pau de selfie e fotografando ela mesma, junto ao instrutor de parapente atrás dela, voando sobre os ares, acima das planícies e montanhas do Vale Sagrado dos Incas. Ambos estão sorrindo para a câmera, a mulher é branca e o homem é moreno.
Aos amantes de esportes radicais: um voo de parapente é um must! – Foto: Divulgação oficial da Civitatis

Ainda nesta pegada aventureira, o voo de Parapente no Vale Sagrado pode ser a atividade que falta para tornar sua viagem ainda mais marcante. Afinal, se é bonito ver de perto os sítios arqueológicos e atrações naturais da região, imagine ter o privilégio de apreciar tudo isso visto de cima?

A dica neste passeio é se vestir um pouco mais agasalhadamente, visto que pode ser mais gelado lá em cima, e ter paciência para esperar. Afinal, este é um esporte que depende do clima e da cooperação dos ventos, então pode ser que seja necessário esperar um pouquinho antes da diversão começar. Mas uma vez que estiver lá em cima… Aí é só aproveitar!

13 – Lagoa Humantay

lago de água congelado das montanhas de Humantay, no Peru. Ao fundo é possível ver a cordilheira dos andes peruanos com suas montanhas congeladas, descendo gelo até o lago.
Lagoa Humantay – Foto: David Beltran via Unsplash

A Lagoa Humantay é formada de água glacial que derreteu dos picos das montanhas de Salkantay e de Humantay, a cerca de duas horas de distância de Cusco. Um dos destinos mais bonitos do país, esse tesouro escondido só pode ser acessado por uma trilha de 3,5 km, onde boa parte do trajeto é apenas subida.

Ainda que não fique exatamente na região do Vale Sagrado, essa atração pode ser acrescentada à sua viagem tranquilamente em uma excursão de um dia, por exemplo. Além disso, a trilha deste passeio exige mais esforço e preparo, e um bom guia ou pacote de turismo.

Aliás, esta é uma das mesmas trilhas que levam até Machu Picchu, então fica a sugestão para quem quiser aproveitar o roteiro. 😃

14 – Machu Picchu

nátalie guimarães sentada no gramado, sorrindo para a câmera, com a paisagem de fundo mostrando a cidadela e as montanhas incas de Machu Picchu
O melhor local para tirar fotos em Machu Picchu – Foto: Nátalie Guimarães

É claro que não seria uma lista completa sobre o que fazer no Vale Sagrado dos Incas se não tivesse a majestosa Machu Picchu entre as principais atrações. A montanha sagrada foi o ponto alto da minha viagem, visto que era um sonho meu visitar esse local histórico e mágico.

Se você acompanha o Dicas de Viagem nas redes sociais, deve ter me visto chorando nos reels ao me deparar com a grandiosidade desse local. É verdadeiramente uma experiência única, ao qual recomendo a todos, e que ficará gravada em minha memória para sempre. 💚

Então se você está na dúvida se deve ou não incluir esse destino no seu roteiro, por favor, não espere mais e compre seus ingressos agora mesmo! Afinal, há um limite de visitantes por dia no local. É por isso que vale a pena reservar tudo com meses de antecedência, tanto os hotéis em Machu Picchu quanto seus assentos em um dos trens que levam até a atração (PeruRail ou Inca Rail).

15 – Choquequirao

Vista do alto da antiga cidade de Choquiquerao, escondida em meio as montanhas peruanas. Há um homem sentado no chão, de costas para a câmera, aproveitando a paisagem do local.
Mirante para Choquequirao – Foto: Bruno Tavares

Por último, uma atração esquecida pela maioria dos viajantes e que merecia mais destaque no turismo peruano é Choquequirao. Distante cerca de quatro horas de Cusco, o destino é um patrimônio cultural a quase 3.500 metros de altitude e conta com uma bela cidadela muito bem preservada ao longo dos anos.

Quem deseja conhecer essa joia histórica precisa percorrer quatro dias de trilha num trajeto de, mais ou menos, 30 km que perpassa diferentes terrenos e presenteia com várias paisagens pelo caminho. Se você ficou interessado, vale a pena ler o relato completo de quem já foi e recomenda. 😉

Confira mais opções de passeios no Vale Sagrado dos Incas para um roteiro imperdível.

O que fazer com crianças no Vale Sagrado dos Incas

Quem está planejando a viagem em família e pretende levar as crianças consigo, saiba que separamos as melhores indicações de passeios no Vale Sagrado dos Incas para curtir com os pequenos e os adultos. As recomendações são com base no estilo de roteiro e na idade mínima para cada atividade:

Confira mais opções de passeios no Vale Sagrado dos Incas para um roteiro imperdível.

O que fazer com chuva no Vale Sagrado dos Incas

A previsão é de chuva? Não se preocupe, ainda há muitas opções sobre o que fazer no Vale Sagrado dos Incas. Você pode aproveitar os museus da região e fazer tours privados que vão fazer seu dia render, além de saborear diferentes culinárias. Veja a seguir:

Confira mais opções de passeios no Vale Sagrado dos Incas para um roteiro imperdível.

O que fazer gratuitamente no Vale Sagrado dos Incas

Se deseja economizar no tour pelo Vale Sagrado dos Incas, você pode aproveitar os destinos conforme sua viagem avança. Por exemplo, ao chegar em Cusco, faça um free tour e conheça os principais pontos turísticos da cidade. Ou, se você vai a Machu Picchu, aproveite para caminhar no centro de Ollantaytambo antes de pegar o trem. 😉

Confira mais opções de passeios no Vale Sagrado dos Incas para um roteiro imperdível.

O que fazer à noite no Vale Sagrado dos Incas

O melhor a se fazer no Vale Sagrado à noite é aproveitar para saborear os melhores restaurantes da região. Eu, particularmente, posso indicar alguns em que estive, como é o caso do restaurante El Huerto no Hotel Belmond Rio Sagrado, e do restaurante El Huacatay, ambos em Urubamba.

Aliás, Urubamba é uma das principais cidades do Vale Sagrado dos Incas e é muito conhecida pela gastronomia. Assim, vale muito a pena investir em diferentes restaurantes da cidade enquanto estiver na região.

E se quiser saber mais dicas sobre onde comer no Vale Sagrado, ou quais são os melhores restaurantes, é só rolar a tela mais um pouquinho:

Onde comer no Vale Sagrado dos Incas

prato quadrangular azul com massa ao molho branco, tomates picados formando um caminho no meio do prato e uma batata cortada e assada em espiral bem cima do molho no restaurante el huacatay
Massa com molho branco no Restaurante El Huacatay
suco de chicha morada num copo de vidro contendo um líquido vinho, vermelho escuro, com uma fina rodela de limão cortada e presa na beirada do copo no restaurante el huacatay
Chicha Morada no Restaurante El Huacatay
prato arredondado branco com uma sopa de quinoa, legumes assados em cima, acompanhado de tomates cerejas e filés de frango a milanesa
Restaurante Iskay
prato circular branco com vários alimentos, como arroz, carne de alpaca, mandioca frita, legumes (brócolis e batata doce) e uma colher de ceviche do restaurante Tunupa no Vale Sagrado dos Incas
Buffet do restaurante Tunupa
duas mãos brancas, femininas, segurando um milho bem amarelinho no centro da imagem.
Choclo con queso em Pisaq
prato fundo arredondado e cinca do restaurante el huerto, com salmão grelhado, milho e quinoa, e aspargos. Há também dois copos de vidro, um de cada lado do copo, no lado esquerdo há um líquido alaranjado com uma rodela de laranja dentro.
Restaurante El Huerto

Fotos: Nátalie Guimarães

Como dito acima, a principal cidade onde comer no Vale Sagrado dos Incas é Urubamba, tanto que a maioria dos tours fazem parada nela para almoços e jantares. Durante meus dias na região, estive em alguns restaurantes, como os já mencionados El Huerto e El Huacatay. Ambos com uma culinária deliciosa e atendimento impecável.

Outro restaurante bastante conhecido, ideal para o almoço, com uma estrutura linda e vista panorâmica para as montanhas e o rio, é o restaurante Tunupa com buffet bastante variado e rico. E por falar em almoço, o restaurante Iskay é perfeito para uma refeição com atendimento exclusivo e menu gourmet.

E já que estamos falando sobre comida, não posso deixar de recomendar que você experimente a Chicha Morada, um suco de milho super saboroso e leve, muito diferente do que estamos acostumados no Brasil. Outra indicação fica por conta dos pratos à base de quinoa, que são muito gostosos, e o choclo con queso, vendido em barracas e comércio de rua. Vale a pena! 😋

Veja a seguir uma lista com os melhores restaurantes no Vale Sagrado dos Incas:

Hotéis no Vale Sagrado dos Incas

quarto duplo da Casa Andina Premium Valle Sagrado Hotel & Villas com duas camas de casal, lado a lado, na parte direita da imagem, O chão é acarpetado e em frente as camas há uma mesa de madeira para trabalhar, além de uma pequena mesa de madeira redonda para tomar café.
Clique na imagem e faça sua reserva na Casa Andina Premium Valle Sagrado Hotel & Villas

Ollantaytambo, Urubamba e Písaq são algumas das principais cidades da região que valem a pena se hospedar. Por isso, separamos algumas indicações dos melhores hotéis no Vale Sagrado dos Incas para sua viagem, confira:

Conheça mais hotéis no Vale Sagrado dos Incas para garantir a estadia perfeita.

Veja mais dicas sobre o Vale Sagrado

As dicas ainda não acabaram! Deixamos abaixo uma lista de posts completos para te dar uma mãozinha no planejamento da sua viagem:

Dúvidas frequentes

Quais os melhores passeios no Vale Sagrado?

Alguns dos melhores passeios e pontos turísticos no Vale Sagrado são: o Sítio arqueológico e Mercado de Písac, as Salinas de Maras, o Sítio Arqueológico de Moray, o Sítio Arqueológico de Ollantaytambo, um passeio de quadriciclo no Vale Sagrado ou um passeio de bike no Vale Sagrado e, claro, Machu Picchu.

O que fazer no Vale Sagrado dos Incas em 1 dia?

Se você tem apenas um dia para aproveitar no Vale Sagrado, precisa conhecer o Sítio arqueológico e o Mercado de Písac, as Salinas de Maras, o Sítio Arqueológico de Moray e o Sítio Arqueológico de Ollantaytambo.

Onde comprar ingressos para o Vale Sagrado dos Incas?

Você pode comprar seus ingressos e passeios no Vale Sagrado dos Incas ao acessar as plataformas digitais Civitatis ou GetYourGuide. São plataformas confiáveis e que facilitam o planejamento da viagem.

Vale a pena comprar o boleto turístico para o Vale Sagrado?

Sim, vale muito a pena comprar um boleto turístico para o Vale Sagrado, isso porque esse bilhete te permite conhecer vários pontos turísticos de Cusco e região por vários dias ao longo da sua viagem.

O que fazer no Vale Sagrado dos Incas em 2 dias?

Se você tem dois dias para curtir no Vale Sagrado, precisa conhecer o Sítio arqueológico e o Mercado de Písac, as Salinas de Maras e o Sítio Arqueológico de Moray no primeiro dia. No segundo dia, aproveite para visitar Awana Kancha e depois programar uma cavalgada às margens do Rio Urubamba.

O que fazer no Vale Sagrado dos Incas em 3 dias?

Quem separa três dias para aproveitar no Vale Sagrado por montar o roteiro da seguinte forma:

Quantos dias ficar no Vale Sagrado dos Incas?

Eu recomendo ficar três dias no Vale Sagrado dos Incas para que possa aproveitar bem as principais atrações, curtindo com tranquilidade e sem se preocupar com o tempo.

Como ir de Cusco ao Vale Sagrado?

O trajeto de Cusco até o Vale Sagrado dos Incas pode ser feito facilmente de ônibus ou de transfer, através de alguma agência de turismo ou da Civitatis. E, se preferir, as empresas de trem PeruRail e Inca Rail também contam com trajetos que levam de Cusco até Ollantaytambo ou Urubamba.

Onde fica o Vale Sagrado dos Incas?

O Vale Sagrado dos Incas é uma região que fica localizada na província de Urubamba, em Cusco, Peru, e reúne diversas cidades às margens do rio Urubamba (Vilcanota) até Machu Picchu.